No vasto cenário da indústria multibilionária de produtos de investimento, os fundos focados em criptomoedas são meros pontos no radar. No entanto, de acordo com analistas da Bernstein Research, esta narrativa está prestes a sofrer uma rápida transformação, com o setor de gestão de ativos criptográficos prestes a aumentar da sua avaliação atual de 50 mil milhões de dólares para uns impressionantes 500 a 650 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos.
Esta perspetiva otimista, tal como articulada por Gautam Chhugani e pela equipa da Bernstein Research numa nota recente, é alimentada por vários fatores-chave. O principal deles é a perspectiva tentadora de um fundo negociado em bolsa (ETF) Bitcoin à vista.
No mês passado, uma decisão judicial contestou a Securities and Exchange Commission (SEC), afirmando que havia cometido um erro ao rejeitar a oferta da Grayscale Investments para converter o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) num ETF.
A SEC tem até outubro para divulgar decisão e, simultaneamente, deve avaliar a aprovação ou adiamento de pedidos de outras empresas financeiras que pretendam introduzir os seus próprios produtos relacionados com o Bitcoin (BTC). Se a comissão cessar a sua oposição, os fundos focados no BTC poderão ser lançados já no início do próximo ano.
A equipe da Bernstein Research está confiante de que esses ETFs poderiam comandar aproximadamente 10% da capitalização de mercado tanto do Bitcoin quanto do Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda em valor de mercado.
Em sua análise, os analistas da Bernstein previram uma trajetória para a adoção de criptomoedas financeiras que reflete o padrão clássico de “taco de hóquei”, com 2024 se destacando como o ano crucial em que se espera que a aprovação regulatória para ETFs sirva como catalisador para um crescimento sem precedentes no setor.