O jogador Gustavo Scarpa, do Atlético Mineiro, voltou a cobrar uma resolução para o processo que move contra Willian Bigode, do Santos, em decorrência de um suposto golpe envolvendo investimentos em criptomoedas. O caso, que corre na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, envolve outros jogadores, como Mayke, além de perdas milionários.
"Poderia estar resolvido, já passou da hora. É um caso muito simples, está claro no processo a responsabilidade do Willian", disse Scarpa ao Estadão. O jogador, que retornou recentemente da Europa, pretende acompanhar o processo no Brasil.
"Tive que vir ao Brasil para provar tudo o que aconteceu, com áudios e prints. Está claro no processo. Espero que a Justiça acelere”, destacou. “Quero recuperar essa grana, tomara que dê certo".
Scarpa e Bigode eram amigos e companheiros de equipe no Palmeiras quando o jogador do Santos apresentou a ele a empresa WLJC Gestão Financeira, que prometia retornos de 3,5% a 5% ao mês em investimentos em criptomoedas. Scarpa investiu R$ 6 milhões na empresa, enquanto Mayke aplicou R$ 4,5 milhões.
Na época, ele se defendeu dizendo que também foi vítima do golpe e que teria perdido cerca de R$ 16 milhões. Mas ele foi apontado como um dos proprietários do negócio fraudulento.
Em abril de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 7,8 milhões das contas bancárias de Bigode e de suas sócias na WLJC. A reportagem do Fantástico da TV Globo também expôs outros supostos envolvidos no esquema, como Gabriel Nascimento, Jean Ribeiro e Marçal Siqueira.