A Solana (SOL) testemunhou um crescimento no mercado de câmbio descentralizado (DEX), superando o Ethereum (ETH) em volume de transações durante janeiro de 2025. 

 Enquanto o Ethereum processou US$ 45 bilhões, a Solana atingiu a marca de US$ 122 bilhões em volume, consolidando sua posição como um forte competidor no mercado.

A proporção entre os volumes DEX das duas redes saltou para 268%, uma diferença de 53% registrados no mesmo período do ano anterior.

Liderança do ecossistema e influência das memecoins

Os números da Solana foram impulsionados por projetos de destaque, como Raydium e Orca, que registraram volumes semanais de US$ 32 bilhões e US$ 17 bilhões, respectivamente. 

Em comparação, o Uniswap, principal DEX do Ethereum, movimentou US$ 20 bilhões no mesmo período.

A ascensão da Solana foi catalisada pelo lançamento do token TRUMP, uma memecoin oficial de Donald Trump, lançada durante o Crypto Ball em Washington. 

O evento atraiu novos usuários para o ecossistema Solana, com 46,5% dos compradores criando carteiras no mesmo dia da compra. De acordo com a Chainalysis, mais de 80% das carteiras com TRUMP e MELANIA (outra memecoin da família Trump) possuem menos de US$ 1.000 em ativos.

Impacto do $TRUMP 

O lançamento do token TRUMP levou o ativo a uma avaliação totalmente diluída de US$ 75 bilhões em seu pico, ultrapassando brevemente o Dogecoin (DOGE). 

No entanto, o lançamento da memecoin MELANIA provocou uma correção de 50% no valor do token TRUMP.

Ainda assim, algumas baleias do mercado obtiveram lucros, com carteiras detendo mais de US$ 100 milhões em ativos.

A Moonshot, plataforma responsável pelo lançamento do TRUMP, afirmou ter atraído centenas de milhares de novos usuários para o ecossistema Solana. 

Outros fatores 

Além das meme coins, diversos fatores contribuíram para a ascensão da Solana, incluindo melhorias em sua infraestrutura. 

A rede reduziu o tempo de inatividade e otimizou as interfaces de câmbio descentralizado, oferecendo uma experiência mais fluida aos usuários. 

A integração do agregador Jupiter também forneceu rotas de negociação mais eficientes, enquanto o suporte crescente à infraestrutura institucional aumentou a confiança na rede.

No último acumulado da sexta-feira (17), os investimentos líquidos do Brasil em fundos baseados em criptomoedas alcançaram um total de US$ 4,2 milhões, cerca de R$ 25,5 milhões.  

Este valor foi reportado pela CoinShares, que também destacou que os aportes líquidos globais atingiram um saldo positivo de US$ 2,2 bilhões. 

Crescimento no mercado global e impacto brasileiro 

A CoinShares aponta que, até o momento, o volume acumulado em 2025 já soma US$ 2,8 bilhões, com R$ 176 milhões (US$ 29 milhões) oriundos de participações brasileiras.  

Este aumento é atribuído à posse do presidente Donald Trump, que aconteceu nesta segunda-feira às 14h (horário de Brasília). Veja mais sobre o evento aqui.  

Nos Estados Unidos, Suíça, Canadá, Austrália e Hong Kong, também houve crescimento nos aportes líquidos, com respectivos volumes de US$ 2,099 bilhões, US$ 88,9 milhões, US$ 13,4 milhões, US$ 5,3 milhões e US$ 500 mil.  

Por outro lado, Alemanha e Suécia apresentaram retrações com saídas líquidas de US$ 14,5 milhões e US$ 2,4 milhões, respectivamente. 

Destaques por criptoativos 

Sobre os criptoativos, o Bitcoin (BTC) representou US$ 1,9 bilhão em entradas líquidas, seguido por Ethereum (ETH) com US$ 246,2 milhões, XRP com US$ 30,8 milhões, Solana (SOL) com US$ 2,7 milhões, Chainlink (LINK) com US$ 2,5 milhões, Cardano (ADA) com US$ 2,8 milhões e Litecoin (LTC) com US$ 0,5 milhão. 

Assim, o Bitcoin registrou um crescimento de 5% e uma nova máxima histórica acima de US$ 109.500 no dia da posse de Donald Trump. 

Produtos de criptoativos  

Em relação aos produtos cripto, fundos negociados em bolsa (ETFs) como BlackRock, iShares Bitcoin Trust e iShares Ethereum Trust lideraram as entradas líquidas com um total de US$ 897 milhões.  

Outras gestoras, como Fidelity ETFs, Bitwise ETFs, ARK 21 Shares e 21Shares AG, também apresentaram entradas de US$ 680 milhões, US$ 216 milhões, US$ 205 milhões e US$ 79 milhões, respectivamente.  

Enquanto isso, produtos da gestora Grayscale registraram saídas líquidas de US$ 145 milhões.