A Índia, como líder do grupo de nações do G20, busca estabelecer uma coordenação global das regras de criptomoedas. O país divulgou uma nota de contribuição da presidência do G20 propondo um caminho para o desenvolvimento de regras globalmente coordenadas para criptoativos. Essa iniciativa ganhou destaque diante da crescente pressão internacional por políticas mais claras relacionadas às criptomoedas, especialmente sob a presidência indiana do G20, que iniciou em dezembro de 2022.
Na última terça-feira (1), a Índia apresentou sua nota de entrada, concordando com as diretrizes propostas pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), previstas para serem publicadas em setembro. O próximo documento do FMI/FSB terá como objetivo apresentar uma abordagem regulatória e de supervisão para criptoativos sem lastro, stablecoins e finanças descentralizadas (DeFi). No entanto, a Índia foi além e expandiu a estrutura dessas diretrizes, acrescentando uma série de pontos de ação dirigidos às duas organizações internacionais.
Com sua crescente população e economia em rápido crescimento, a Índia está assumindo uma posição de liderança no debate global sobre criptomoedas e seu futuro regulatório. A iniciativa de propor um caminho para regras globalmente coordenadas visa criar um ambiente mais seguro e transparente para o uso e adoção de criptoativos ao nível internacional.
A discussão em torno de criptomoedas tem se intensificado nos últimos anos, com um aumento significativo na adoção e uso desses ativos digitais em todo o mundo. No entanto, a falta de uma regulamentação clara e abrangente tem gerado incertezas para os investidores, empresas e governos. A Índia, ao liderar os esforços no G20 para coordenar regras de criptomoedas, espera trazer mais clareza e segurança ao setor.
O debate sobre como regulamentar criptoativos é complexo e envolve uma série de desafios, como a proteção dos investidores, a prevenção de atividades ilegais, a estabilidade financeira e a inovação tecnológica. A Índia, ao expandir as diretrizes propostas pelo FSB e pelo FMI, demonstra seu compromisso em abordar essas questões de forma abrangente e equilibrada.
