sexta, 22 de novembro, 2024

Criptomoedas

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JPMorgan diz que processos da SEC contra corretora aumenta urgência de regulamentação para criptos

Analistas liderados destacam que não é um "caso legal direto" e ainda não está claro quais criptomoedas seriam classificadas como valores mobiliários

segunda, 12 de junho, 2023 - 09:07

Redação MyCryptoChannel

Os recentes processos movidos pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos contra Binance e Coinbase destacam a necessidade urgente de os legisladores norte-americanos apresentarem uma estrutura regulatória abrangente para a indústria de criptomoedas.

O JPMorgan, em um relatório de pesquisa, ressaltou a importância de estabelecer diretrizes claras sobre como regular as criptomoedas e determinar as responsabilidades da SEC em relação à Commodity Futures Trading Commission (CFTC).

Desenvolvimento: Segundo o relatório do JPMorgan, a SEC considera que a maioria das criptomoedas deve ser classificada como valores mobiliários, o que implicaria que as empresas e transações estejam sob sua supervisão e cumpram as estruturas regulatórias atualmente aplicadas a outros valores mobiliários.

No entanto, os analistas liderados por Nikolaos Panigirtzoglou destacam que esse não é um "caso legal direto" e ainda não está claro quais criptomoedas seriam classificadas como valores mobiliários.

Essas ações regulatórias estão criando uma pressão adicional para que os legisladores dos EUA apresentem uma estrutura regulatória abrangente ainda este ano, segundo o JPMorgan.

A falta de uma estrutura regulatória clara pode levar à continuidade da movimentação das atividades criptográficas para fora dos Estados Unidos e em direção a entidades descentralizadas. Além disso, o financiamento de capital de risco no setor de criptomoedas pode permanecer moderado até que haja uma regulamentação mais definida.

Conclusão: Os processos movidos pela SEC contra a Binance e a Coinbase destacam a urgência de os legisladores norte-americanos estabelecerem uma estrutura regulatória abrangente para a indústria de criptomoedas. A classificação das criptomoedas como valores mobiliários e as responsabilidades da SEC em relação à CFTC ainda precisam ser definidas.

O JPMorgan enfatiza que a falta de uma estrutura regulatória clara pode resultar na continuidade da saída das atividades criptográficas dos Estados Unidos e no crescimento limitado do financiamento de capital de risco no setor. É essencial que os legisladores ajam prontamente para fornecer diretrizes claras e promover um ambiente regulatório adequado para o setor de criptomoedas no país.

 

 

 

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

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Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.