A Justiça do Rio de Janeiro negou um pedido da atriz Tatá Werneck para proibir o uso de sua imagem em propagandas da Atlas Quantum. Essa decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Marinho, do 1º Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca. A CPI das Pirâmides Financeiras do convocou a atriz, o ator Cauã Reymond e o apresentador Marcelo Tas para depor sobre a relação que eles mantiveram com a Atlas Quantum.
A Atlas Quantum, empresa que faliu em 2019, usou do esquema de pirâmide e deixou milhares de clientes sem receber. Tatá Werneck e os outros artistas haviam conduzido propaganda da empresa quando ela ainda era considerada séria. A CPI quer ouvir os três depoimentos para entender como a Atlas Quantum enganou tantas pessoas e também quer saber se os três artistas sabiam que a empresa era uma pirâmide financeira.
Em 2018, Cauã e Tatá participaram de um programa da Atlas em um jogo de perguntas e respostas sobre o mundo cripto. Na segunda etapa da campanha, os atores “distribuíram” R$ 1,5 milhão em Bitcoin (BTC) para os telespectadores.
A Atlas Quantum oferecia aos seus clientes a oportunidade de investir em BTC e prometia aos clientes um lucro de até 20% por mês. Entretanto, a empresa não possuía a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no Brasil. Em 2019, a CVM alertou os investidores sobre os riscos de investir na Atlas Quantum.
A comissão afirmou que a empresa era uma pirâmide financeira e os clientes poderiam perder todo o seu dinheiro. Após o alerta da CVM, a Atlas Quantum teve uma corrida de saques. Os clientes da empresa começaram a retirar seu dinheiro, mas a empresa não tinha dinheiro para pagar.