O juiz federal Marcio Carvalho, do TRF-2, determinou o sequestro de bens de 11 ex-executivos da Americanas, incluindo até mesmo criptomoedas, segundo o jornalista Lauro Jardim, do Jornal O Globo. Essa iniciativa é uma forma de garantir o ressarcimento de possíveis valores obtidos de forma ilícita.
A medida, faz parte das investigações sobre o escândalo financeiro que abalou a empresa em 2023 e visa alcançar montante total de R$ 520,4 milhões. Os bens bloqueados incluem: todas as contas correntes, veículos e imóveis, além de aplicações financeiras de qualquer tipo.
O ex-CEO Miguel Gutierrez lidera a lista de alvos, com bens bloqueados no valor de R$ 317,1 milhões. Ana Saicali (R$ 115,6 milhões), Timotheo de Barros (R$ 40,4 milhões), Marcio Cruz (R$ 11,1 milhões) e Fabio Abrate (R$ 11,6 milhões) também estão entre os ex-executivos que terão seus bens sequestrados.
Eles são acusados de crimes graves, como insider trading e a realização de um esquema para mascarar as finanças da empresa. Segundo a Polícia Federal, eles se aproveitaram de informações privilegiadas para realizar "vendas milionárias de ações" antes da divulgação do rombo bilionário, em janeiro de 2023.
O sequestro de criptomoedas, no entanto, apresenta desafios. No caso de ativos armazenados em exchanges nacionais que seguem as regras do Banco Central e da Receita Federal, como Mercado Bitcoin, o bloqueio pode ser realizado com maior facilidade. O desafio está para os ativos armazenados em carteiras privadas, sem registro em exchanges.