Polêmica com criptomoedas no BBB25W A Globo anunciou na última semana os participantes do Big Brother Brasil 25, que estreia nesta segunda-feira (13). Entre os selecionados está Marcelo Prata, de 38 anos, descrito pela emissora apenas como servidor público.
No entanto, Prata foi um dos líderes regionais da Unick Forex, um esquema de pirâmide financeira que colapsou em 2019, causando prejuízo de R$ 12 bilhões a cerca de 1,5 milhão de pessoas, conforme dados da Polícia Federal (PF).
Marcelo Prata BBB25
Embora a emissora não tenha mencionado o envolvimento de Marcelo Prata no esquema em sua apresentação oficial, vídeos disponíveis na internet mostram o novo BBB promovendo a Unick Forex em eventos realizados no Amazonas.
Em uma dessas gravações, Prata elogia a suposta credibilidade da empresa e destaca ganhos financeiros, chegando a afirmar que atraiu 15 mil pessoas para o negócio.
A Unick Forex prometia lucros de até 33% ao mês por meio de investimentos em criptomoedas e forex, mas funcionava como uma pirâmide financeira, captando recursos de novos investidores para remunerar os antigos.
Fundada por Leidimar Bernardo Lopes, preso em 2019, a empresa tinha sede em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e utilizava uma rede de líderes em todo o país para atrair vítimas, oferecendo comissões de 10% por cada novo investimento.
Defesa do participante
Em nota, a assessoria de Marcelo Prata afirmou que, apesar de ter divulgado o esquema, ele também foi uma vítima.
“Marcelo, assim como milhares de pessoas, foi lesado por ter investido de boa-fé na Unick Forex. Ele amargou prejuízos financeiros e morais, sendo induzido a erro por empresários de má-fé e influenciadores que promoviam a empresa.”
Além disso, a Globo informou que a participação dos novos integrantes passou por uma investigação social rigorosa e que Marcelo não possui antecedentes criminais ou condenações judiciais.
Operação desmantelou a Unick Forex
Em 2018, a Unick Forex entrou na mira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por atuar sem autorização.
Mesmo após ser proibida de captar novos investidores, a empresa continuou operando até ser desmantelada em 2019, durante a Operação Lamanai, da PF.
Na ocasião, 15 pessoas foram indiciadas por crimes contra o sistema financeiro e formação de organização criminosa, mas Marcelo Prata e outros líderes regionais não foram formalmente acusados.