quarta, 27 de novembro, 2024

Criptomoedas

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Marco Legal das Criptomoedas: Rio.Futuro discutirá perspectivas do setor no mercado financeiro

Diretrizes da nova lei abrem precedentes para futuro mais seguro no setor, que terá tendências discutidas em evento online e gratuito

quinta, 27 de julho, 2023 - 15:49

Redação MyCryptoChannel

Após oito anos desde sua concepção como projeto de lei, o Marco Legal das Criptomoedas entrou em vigor no Brasil. Visando proteger clientes e investidores a partir da definição de regras para exchanges (casas de negociação de criptomoedas) e, principalmente, da previsão no Código Penal de crimes envolvendo ativos digitais, a nova legislação é um avanço para o setor.

A lei abre bons precedentes para uma regulamentação mais rica e específica quando o assunto são operações que envolvem criptoativos — e o futuro deste mercado será discutido na conferência Rio.Futuro deste ano. 

Sancionado em dezembro de 2022, o Marco Legal começou a valer em 20 de junho deste ano. Em um cenário de constante mudança e inovação, a legislação foi elogiada por empresas brasileiras e internacionais, que enxergam agora um espaço com mais clareza e segurança para operarem. 

Debater e propor soluções práticas, a exemplo da nova legislação, é essencial para que tanto o mercado, quanto a sociedade, vislumbrem um futuro positivo”, diz Xavier Leclerc, fundador e curador do Rio.Futuro. O evento, cujo objetivo é impulsionar discussões, soluções e uma visão inspiradora do futuro, trará luz a diversos temas, sendo um deles as perspectivas e tendências em criptomoedas e moedas digitais. 

O que muda? 

Do ponto de vista prático, a lei estabelece uma estrutura jurídica que, segundo especialistas, é um passo importante para a regulamentação do setor. O Marco Legal inclui no artigo 171 do Código Penal, sobre estelionato, um trecho específico caracterizando como crime irregularidades envolvendo criptoativos. A pena é de quatro a oito anos de reclusão, além de multa.

Segundo um relatório da empresa de inteligência de mercado Chainalysis, atividades ilícitas com criptomoedas cresceram em 2022 pelo segundo ano seguido, com um volume movimentado recorde de US$20,1 bilhões. O objetivo da legislação é combater este tipo de prática criminosa no setor, que incluem pirâmides financeiras e lavagem de dinheiro. 

Os primeiros passos do Marco terão impacto primário no quesito jurídico, mas também haverá reflexo em benefícios para pessoas, principalmente aquelas que foram vítimas de golpes. Um dos tópicos que será discutido na conferência Rio.Futuro envolve a perspectiva do mercado das criptomoedas. Jérémi Lepetit, CEO da Reetreb, por exemplo, falará em sua palestra sobre a web3 e como o blockchain e os criptoativos se tornarão menos inseparáveis este ano.

O blockchain se tornará o suporte tecnológico das infraestruturas financeiras, mas em várias formas. Já os criptoativos, por sua vez, se tornarão mais democráticos, mas sua diversidade também diminuirá consideravelmente”, explica. 

Outro ponto de mudança no Marco Legal diz respeito ao Banco Central (BC), que se torna a autarquia responsável por regulamentar este mercado — regulando a prestação de serviços de criptoativos, supervisionando e autorizando as operadoras do setor.

Além disso, as empresas relacionadas a criptomoedas precisarão de autorização para exercer atividade no Brasil, necessitando compartilhar mais informações com órgãos do governo. Regras de governança e avaliação de risco, verificação mais rígida na coleta de dados sobre clientes e clareza nas transações e fornecedores entram no escopo do Marco também. 

É preciso pensar em como os criptoativos e a terceira atualização da internet, mais descentralizada, com maior atuação dos usuários e com mais privacidade de dados, vão mudar o setor — e podem tornar o futuro mais eficiente”, completa Leclerc.

Criptomoedas

CEO da Coinbase, Brian Armstrong, se reunirá com Donald Trump para discutir nomeações

Reunião ocorre enquanto Trump acelera preenchimento de cargos, com destaque para nomeações ligadas à indústria de criptomoedas

segunda, 18 de novembro, 2024 - 19:05

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O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, se reunirá com o presidente eleito Donald Trump na próxima segunda-feira (25) para discutir questões relacionadas a "nomeações de pessoal", de acordo com informações divulgadas pelo The Wall Street Journal.  

A reunião ocorre em meio aos esforços de Trump para preencher rapidamente cargos em seu futuro governo. 

Nomeações para o setor de criptomoedas 

Na semana passada, Trump anunciou várias nomeações para seu gabinete, algumas das quais têm grandes ligações para a indústria de criptomoedas.  

Entre os escolhidos, destaca-se Robert F. Kennedy, ex-candidato presidencial e defensor do Bitcoin, que foi nomeado para o cargo de Secretário de Saúde e Serviços Humanos.  

Trump também escolheu Elon Musk, CEO da SpaceX, e Vivek Ramaswamy, cofundador da Strive Enterprises, para liderar o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, ambos conhecidos por seu apoio ao setor de criptomoedas. 

Coinbase na transição de governo  

A Coinbase, por sua vez, não comentou oficialmente sobre a reunião entre Armstrong e Trump, embora seja especulado que a exchange tenha trabalhado junto à equipe de transição de Trump para agendar a conversa.  

Outras negociações 

Outros executivos da indústria de criptomoedas também estão envolvidos em conversas com a equipe de transição de Trump.  

Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, mencionou que discutiu nomeações de pessoal com aliados próximos a Trump, e executivos da Circle, empresa que desenvolve a stablecoin USDC, também teriam se reunido com a equipe de transição, de acordo com informações do The New York Times. 

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%.