Os sistemas antiphishing da Kaspersky bloquearam, em 2022, cinco milhões de mensagens fraudulentas que usavam como disfarce o tema de criptomoeda, um aumento de 40% em comparação com o ano anterior. Por outro lado, houve uma queda na detecção de ameaças financeiras tradicionais, como malware financeiro direcionado a bancos. Essas constatações fazem parte do último relatório sobre ameaças financeiras da empresa.
No último ano, as mensagens fraudulentas (phishing) usando temas de criptomoeda aumentaram 40% em relação ao ano anterior. Foram 5.040.520 de bloqueios em 2022 contra 3.596.437 em 2021. Esse aumento poderia ser parcialmente explicado pelo caos ocorrido no mercado de criptomoedas no ano passado.
Ainda não está claro se essa tendência permanecerá, isso dependerá da confiança das pessoas com as criptomoedas. Os dados do relatório estão correlacionados com a experiência dos usuários com relação às ameaças online. No início do ano, uma pesquisa da Kaspersky mostrou que um em cada sete pessoas entrevistadas foi vítima de phishing relacionado a criptomoeda.
“Muitos grupos que atuavam nessa área mudaram para operar ataques de ransomware, pois estes se tornaram muito lucrativo. Mas é importante destacar que, no Brasil, mais de 90% dos malware criados no país têm foco financeiro e eles não mudaram esse objetivo. A única “mudança” que que as criptomoedas e carteiras digitais foram adicionadas como alvos desses golpes financeiros já fazem parte do dia a dia do brasileiro”, avalia Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.