A recente pesquisa da Kaspersky mostrou que a instabilidade é uma das principais barreiras para a adoção à criptomoeda no Brasil entre quem não investe nessa modalidade. Porém, para quem investe, a segurança é uma preocupação para a maioria dos entrevistados. Para se proteger das ameaças online, a empresa explica os principais golpes e como se proteger deles.
Entre os entrevistados que investem em criptomoedas, 63% começaram na área há menos de um ano, enquanto 37% já se enxergam como "pro". Quando questionados se eles têm preocupações de segurança online, 55% indicaram os golpes por e-mail ou telefone.
O curioso é que a mesma quantidade de respondentes também indicou os golpes com temas de criptomoedas, por exemplo, corretoras falsas ou esquemas usando criptoativos, como uma grande preocupação.
Outros temas que geram inquietude no Brasil são os vazamentos de dados pessoais (53%), malware para celulares e tablets (51%), interceptação de dados com Wi-Fi públicos (50%) e roubo de senhas por meio de sites e e-mails falsos (49%).
Para Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky, as preocupações dos brasileiros refletem a tendência de crescimento de golpes online usando o tema de criptomoeda. O principal destaque são as mensagens falsas, que cresceram 40% em 2022 em comparação com o ano anterior.
“O phishing é a principal tática do cibercrime brasieliro, pois ele é barato e o brasileiro é muito criativo - o que permite criar iscas convincentes. Outro método forte por aqui são os trojans bancários. O Ghimob em 2020 foi o primeiro trojan RAT para celular preparado para roubar carteiras digitais. Hoje, praticamente todo malware financeiro criado no Brasil também mira os criptoativos de suas vítimas”, afirma o diretor.