Tom Brady vem ao Brasil para participar da Expert XP em setembro de 2023, um dos maiores festivais de investimento que acontece no Brasil. Considerado o maior jogador da história da NFL, liga de futebol americano dos Estados Unidos, Brady também tem uma trajetória no mundo dos investimentos, contando com sucessos das marcas BRADY e TB12, além da produtora 199 Productions.
Mesmo com todas essas vitórias dentro e fora dos campos, o atleta se viu em uma situação complicada no setor dos negócios após a quebra da FTX. Brady e sua ex-esposa Gisele Bündchen perderam US$ 48 milhões com o colapso da exchange. Porém, o prejuízo é sobre as ações da empresa, já que o casal se tornou acionistas após um contrato de 2021.
O jogador possuía 1,1 milhão de ações, enquanto Gisele tinha 686 mil. Além disso, o casal era embaixador da corretora e apareceram em várias propagandas. Por isso, hoje são processados por investidores que se sentiram enganados.
Relembre o caso da FTX
O caso da FTX marcou o mercado das criptomoedas no ano passado, mas ainda possui desdobramentos. A exchange de Sam Bankman-Fried era considerada a segunda maior corretora do mundo, ficando atrás apenas da Binance. Após a divulgação da receita da Alameda Research, fundada pelo mesmo empresário, revelou que a empresa possuía cerca de 25% do seu patrimônio era em FTX Token (FTT).
Desse modo, os detentores dos tokens se preocuparam em vender seus ativos e recuperar seus recursos. Depois da solicitação de cerca de US$ 6 bilhões para resgate, a FTX não conseguiu atender todos os pedidos. Na mesma semana, a FTX entrou com pedido de falência nos Estados Unidos e o CEO da empresa renunciou ao cargo.
O CIO da Uniera, Caio Villa, afirmou que devido rastreabilidade do mundo cripto era possível saber o que aconteceria com a FTX. Para ele, “graças à blockchain era bem óbvio” que a quebra poderia acontecer”.
Como se proteger?
Mesmo que o caso do Tom Brady não seja específico sobre investimentos com criptomoedas, Villa alerta sobre os cuidados necessários para negociações com os ativos digitais. Manter os ativos em uma carteira fria (Hard Wallet), pois será impossível de ser acessada, e autenticação de dois fatores em celulares diferentes, para não arriscar ser roubado são ensinamentos importantes para os iniciantes no mundo critpto.
O investidor também alerta para quando houver transações em exchanges descentralizadas, é preciso tomar cuidado com “endereço do contrato e verificar em sites como CoinMarketCap”. Ele também explica que caso alguém ofereça rentabilidade garantida com investimentos criptos, é preciso recuar, já que não existe essa possibilidade e possivelmente se trata de um golpe.
CIO da Uniera destaca que nesse e em todos os casos é preciso “estar ciente dos riscos” com os investimentos, além de estar confortável com a situação. “Obviamente em qualquer mercado de renda variável, sejam ações ou cripto, você tem uma possível recompensa maior, porém você está tomando um risco maior.”, complementa Villa.
É importante ressaltar que o mercado cripto é “100% rastreável”, logo se prevenir se torna mais fácil. Caso aconteça algum crime ou golpe, é preciso recorrer e lembrar que cada caso precisa de uma ação diferente para ser resolvido.