O governo da Quênia tomou a decisão de suspender as operações da Worldcoin (WDC) em seu território pelas preocupações com a segurança pública. O anúncio foi feito pelo secretário do Gabinete do Interior do país, Kithure Kindiki, que informou que será fundamental a garantia das “integridade das transações financeiras envolvendo um número tão grande de cidadãos sejam fornecidas de forma satisfatória” das operações no país.
Kindiki destacou que as atividades relacionadas à criptomoeda só será permitida no país quando os órgãos públicos garantam a confiabilidade do produto, não fornecendo riscos para a população. Ele ainda ressaltou que as garantias necessárias devem ser fornecidas desde o início para evitar quaisquer problemas futuros.
No comunicado publicado no Facebook, o secretário também advertiu que qualquer pessoa física ou jurídica encontrada envolvida com as atividades da Worldcoin no país enfrentará as devidas ações legais conforme necessário.
A Worldcoin, lançada em 24 de julho, possui uma ferramenta diferente. Com o Orb, uma esfera metálica, os usuários fornecem varreduras de íris para obter uma identificação digital conhecida como "World ID". Essa identificação permiti para distinguir humanos de bots. Em alguns países, os usuários recebem recompensas em criptomoeda como parte de uma iniciativa para estabelecer "acesso universal à economia global", como o Brasil com Orbs espalhados na capital paulista.
Essa identificação digital por uma empresa privada é uma preocupação de segurança para alguns governos no mundo, como o do Quênia. Na semana passada, o Information Commissioner's Office (ICO) do Reino Unido também anunciou que conduzirá investigações sobre o projeto da Worldcoin.