sábado, 23 de novembro, 2024

Criptomoedas

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Relação entre Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) enfrenta turbulência após lançamento de ETFs

Fundos negociados em bolsa de ETH não consegue atrair interesse e impacta na proporção da dupla

terça, 10 de outubro, 2023 - 08:09

Redação MyCryptoChannel

A relação entre Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) testemunhou uma queda constante devido à falta de demanda significativa pelos recém-lançados fundos negociados em bolsa (ETFs) baseados em futuros de ETH.

 

O par atingiu 0,05675 na última segunda-feira (10), alcançando seu nível mais baixo desde julho de 2022, segundo a plataforma de gráficos TradingView. Essa diminuição representou uma queda de quase 30% desde a implementação do Merge pela Ethereum em meados de setembro do ano passado.

 

Recentemente, até seis ETFs de futuros de ETH foram lançados nos Estados Unidos, abrindo portas para traders que buscam se expor à segunda maior criptomoeda do mercado sem a necessidade de possuí-la.

 

No entanto, a resposta inicial a esses ETFs foi morna, com os dois principais, o EFUT da VanECK e o ProShares EETH, registrando um volume médio diário de negociação de apenas US$ 5 milhões na primeira semana, de acordo com o provedor de dados criptográficos Kaiko, com sede em Paris.

 

Essa cifra está aquém do volume de negócios de US$ 1 bilhão registrado pelo ProShares Bitcoin Strategy (BITO) no seu primeiro dia de negociação. Vale lembrar que o ETF de futuros de Bitcoin ProShares fez sua estreia no auge da corrida de criptomoedas em outubro de 2021. Desde então, o mercado de criptomoedas enfrentou desafios, com taxas de juros mais altas em todo o mundo e impactando a disposição dos investidores em assumir riscos.

 

Um dos indicativos dessa mudança de cenário é o aumento da demanda por refúgio no BTC, refletido em sua taxa de domínio ou participação no mercado total de criptomoedas, que subiu de 41% para 51% ao longo deste ano. Esse aumento é atribuído em parte às incertezas econômicas globais, com o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos sinalizando sua intenção de manter o custo de referência do empréstimo acima de 5% no próximo ano.

 

Desde março de 2022, o Fed já aumentou essa taxa em 525 pontos-base, como medida para controlar a inflação. Os investidores, buscando ativos mais seguros em um ambiente de taxas de juros mais altas, encontram uma opção atraente no Bitcoin.

Criptomoedas

Mercado de criptomoedas no Brasil atinge recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro

Volume movimentado cresce 304% em relação a agosto, com stablecoins liderando as transações

segunda, 18 de novembro, 2024 - 16:47

Redação MyCryptoChannel

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O volume de compra e venda de criptomoedas no Brasil alcançou o recorde de R$ 115,7 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pela Receita Federal na semana passada.  

Esse valor representa um crescimento expressivo de 304% em relação a agosto, quando o montante movimentado foi de R$ 28,3 bilhões. 

Esse recorde inclui transações realizadas por meio de exchanges nacionais e internacionais, além de negociações diretas entre pessoas físicas e jurídicas.  

O principal destaque foi o crescimento das operações realizadas fora das exchanges, que somaram R$ 97,1 bilhões, ou 84% do total. 

Stablecoins dominam o mercado do Brasil 

O aumento no volume negociado foi impulsionado principalmente pelas stablecoins atreladas ao dólar, que tiveram uma participação significativa nas transações.  

O Tether (USDT), a stablecoin líder do mercado, movimentou R$ 16,6 bilhões em setembro, com operações médias de R$ 34,7 mil. 

O USD Coin (USDC), outra stablecoin importante, registrou transações no valor total de R$ 1,3 bilhão, com uma média de R$ 1,2 mil por operação. 

Por outro lado, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda do mercado, movimentou R$ 3,1 bilhões, ficando abaixo do volume registrado pelo BNB, o token nativo da Binance, que somou R$ 4,5 bilhões.  

Outras criptomoedas também registraram grandes movimentações, como o Ethereum (ETH) e Solana (SOL) com R$ 884,8 milhões e R$ 375,2 milhões, respectivamente 

Movimentação anual já supera 2023 

Entre janeiro e setembro de 2024, o mercado de criptomoedas no Brasil movimentou R$ 363,2 bilhões, superando em 27% o total de R$ 284,4 bilhões registrados em 2023. 

Apesar do crescimento no volume financeiro, o número de pessoas físicas e jurídicas declarando operações com criptomoedas à Receita Federal caiu nesse período. 

Em janeiro, 8,9 milhões de pessoas físicas declararam negociações de criptoativos, mas esse número reduziu para 4,3 milhões em outubro, uma queda de 51%.  

Entre pessoas jurídicas, a redução foi ainda maior, de 403,1 mil para 16,5 mil, o que representa uma queda de 95%. 

Criptomoedas

B3 Digitas e Dimensa firmam parceria para expandir investimentos em criptomoedas no Brasil

Colaboração quer aumentar o interesse em criptomoedas como ativos de investimento, seguindo as novas regulamentações da CVM

quarta, 13 de novembro, 2024 - 17:30

Redação MyCryptoChannel

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Para aumentar os fundos em investimentos de criptomoedas no Brasil, a B3 Digitas, o braço de ativos digitais da bolsa brasileira, e a empresa de tecnologia financeira Dimensa anunciaram uma colaboração. 

A iniciativa quer atender ao crescente interesse dos investidores brasileiros em produtos de investimento digital sob regulamentação.

Expansão do mercado de criptomoedas

Para o diretor de produtos e negócios da Dimensa, Rodrigo Galasini, a parceria visa suprir a demanda crescente por ativos digitais. 

"Todo tipo de fundo pode ter criptoativos agora e esperamos que haja uma expansão grande em 2025”, afirmou Galasini em entrevista ao Valor Econômico. 

Ele mencionou a Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que permite a inclusão de criptomoedas em fundos de investimento, adquiridas por meio de provedores de serviços digitais (VASPs) autorizados pelo Banco Central (BC).

Diversificação e regulamentação

A Resolução 175 estabelece limites de alocação em criptomoedas com base no perfil dos investidores. 

Fundos destinados a investidores profissionais, com portfólios de R$ 10 milhões ou mais, podem ser compostos integralmente por criptomoedas. 

Para investidores qualificados, com portfólios entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, a exposição é limitada a 40%. 

Fundos voltados para o público geral podem ter até 20% dos ativos em criptomoedas. Essas limitações têm como objetivo proteger os investidores das flutuações voláteis do mercado de ativos digitais.

Galasini destacou que apenas 27% dos fundos estão em conformidade com a Resolução 175, segundo dados da Anbima. “Ainda tem uma gama muito grande de fundos a serem adaptados”, afirmou.

Futuro do mercado de criptomoedas no Brasil

A parceria entre B3 Digitas e Dimensa projeta a entrada de novos players no mercado de fundos de investimento em criptomoedas. “Fundos de grandes casas e gestoras que trabalham com ativos tokenizados estão esperando essa demanda”, comentou Galasini.

Na parceria com a B3 Digitas, a Dimensa será responsável pela conformidade regulatória dos novos produtos, incluindo todos os informes diários e mensais consolidados de negociação. A B3 cuidará da parte operacional das negociações dos novos produtos. 
“Sem a parceria, poderíamos ter uma trava do gestor em fundos de investimento. Deixamos em conformidade com as regras da CVM para o cotista”, explicou Galasini.