Um representante da família Trump manteve negociações para adquirir uma participação na Binance.US, o segmento americano da gigante das criptomoedas Binance. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal nesta quinta-feira (13), de acordo com fontes anônimas.
Segundo a reportagem, a transação poderia ter sido viabilizada por meio da World Liberty Financial, uma iniciativa de criptoativos vinculada à família do atual presidente dos Estados Unidos.
Porém, não há informações sobre qual membro da família Trump se tratava.
Esse projeto foi fundado dois meses antes de Donald Trump ser eleito para seu segundo mandato, em novembro de 2024. O magnata do setor imobiliário Steve Witkoff, amigo próximo do Trump, esteve diretamente envolvido nas conversas sobre a possível aquisição.
Binance tentou se reaproximar do mercado americano
As tratativas teriam começado no ano passado, quando a Binance procurou aliados de Trump para intermediar um acordo que possibilitasse o retorno de suas operações nos Estados Unidos. A exchange enfrentava problemas relacionados a regulação no país, o que motivou a busca por apoio político.
A Binance.US recentemente recuperou o acesso aos serviços fiduciários em dólares americanos, após um período em que a exchange ficou impossibilitada de processar saques e depósitos em moeda fiduciária durante o governo Biden.
O ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, havia classificado a plataforma como "um caldeirão de fraudes", impondo uma série de medidas restritivas que resultaram na perda de milhares de clientes e na demissão de 70% dos funcionários da Binance.US.
Impacto no mercado
Com a divulgação da notícia, o BNB, criptomoeda nativa da BNB Chain e ligada à Binance, registrou uma valorização de até 5%, ultrapassando a marca de US$ 600 pela primeira vez em uma semana. Por volta das 12:22, a criptomoeda era negociada a US$ 582,4 com avanço de 2,12%.