O setor de criptoativos brasileiro é formado, em sua maioria, por micro e pequenas empresas, com atuação em diversas áreas, como intermediação e infraestrutura. Segundo o relatório Criptoeconomia no Brasil 2023, produzido pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABcripto), 68% das empresas do setor aguardam a publicação das regras de regulação no país para obterem as licenças necessárias.
O ‘censo’ revela que apenas 32% das empresas possuem algum tipo de licença ou autorização para operação dos órgãos reguladores brasileiros, como Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As empresas de criptoeconomia no Brasil podem ser divididas em duas categorias. A primeira delas (79%) são da área de intermediação (negociação, mesa de operação, distribuição e market making). Já 62% atuam em infraestrutura (liquidação, cripto as a service, custódia, moeda eletrônica e câmbio).
O documento mostrou que 14% das empresas são instituições de pagamento, 2% atuam como sociedades de crédito direto, 5% são gestoras de recursos e 6% atuam como plataformas de crowdfunding. Esse levantamento também ressalta que 27% dos participantes atuam com tokenização, sendo 14% no Brasil e 10% no exterior.
O diretor presidente da ABcripto, Bernardo Srur, disse que “o censo nos traz um cenário mais concreto das características da criptoeconomia no Brasil, o que é muito relevante no atual momento de avanços de tecnologia e discussões regulatórias”.
Ele também explica que o órgão está falando “de empreendedores, investidores, instituições financeiras, profissionais e, sobretudo, das autoridades brasileiras que desejam compreender os modelos de negócios e os riscos associados, para estabelecer regras para a tutela da estabilidade financeira, do desenvolvimento econômico e da proteção dos investidores e consumidores desses serviços”.
