Os sócios que comandava a Braiscompany se tornam réus em ação penal em relação à denúncia feita pelo Ministério Público Federal sobre a suposta pirâmide financeira com criptomoedas que não pagou os seus clientes no final de 2022. A denúncia foi aceita pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária da Paraíba nesta terça-feira (3).
O casal que liderava a Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, estão foragidos desde fevereiro de 2023 e esse foi um dos pontos levantados pelo juiz responsável pelo processo, Vinícius Costa Vitor. Os líderes fugiram do país pela fronteira terrestre com a Argentina usando o passaporte da irmça e do cunhado de Fabrícia, de acordo com o relatório da Polícia Federal (PF).
A denúncia também indicou outras 11 pessoas associadas ao esquema, que se tornaram reús. Dentre os acusados estão Victor Hugo Lima Duarte, Mizael Moreira Silva, Sabrina Mikaelle Lacerda Lima, Arthur Barbosa da Silva, Flávia Farias Campos, Fernanda Farias Campos, Clélio Fernando Cabral, Felipe Guilherme da Silva Souza, Gesana Rayane Silva, Fabiano Gomes da Silva e Deyverson Rocha Serafim. Três destes já estão presos: Victor Hugo na Argentina e Sabrina e Arthur no Brasil.
Os crimes da ação variam desde formação de organização criminosa, obstrução de investigação, crimes financeiros, até infrações contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. Na semana passada, a PF indicou 16 pessoas após terminar a investigação da Braiscompany, que movimentou R$ 2 bilhões em criptomoedas.