O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, abordou na última quinta-feira (6) o cenário das criptomoedas no Brasil, destacando o domínio das stablecoins no mercado nacional.  

Durante sua participação em um evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Cidade do México, Galípolo ressaltou que esses ativos são utilizados majoritariamente como meio de pagamento, e não apenas como reserva de valor em dólar. 

Stablecoins e desafios regulatórios 

Galípolo classificou o uso das stablecoins como meio de pagamento como um fator preocupante, destacando seu potencial opacidade em relação à tributação e à prevenção à lavagem de dinheiro. “Isso não é uma acusação, mas quando você vê o que as pessoas estão comprando, sempre surge essa dúvida sobre a motivação”, afirmou. 

O presidente do BC também comentou sobre a busca por privacidade no uso de criptomoedas, sugerindo que, em muitos casos, essa privacidade não está ligada apenas à proteção de dados pessoais, mas também ao desejo de evitar a tributação sobre determinadas transações. 

O que Galípolo acha do Drex? 

Além do panorama sobre as stablecoins, Galípolo explicou o conceito e os objetivos do Drex.  

Ele esclareceu que o Drex não é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), mas sim uma infraestrutura baseada em tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT), que permite a tokenização de depósitos e ativos por meio de contratos inteligentes. 

Entre as principais motivações para a implementação do Drex, Galípolo destacou a possibilidade de viabilizar finanças e crédito de forma mais eficiente.

“Quando tentamos explicar para as pessoas que tipo de problemas o Drex pode resolver, geralmente usamos o exemplo de que ele pode facilitar o acesso a crédito por meio dessa infraestrutura”, afirmou. 

O antigo o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também destacou o potencial do Drex. Em sua fala, Campos Neto destacou que a interseção entre tokenização — especialmente os tokens lastreados em ativos reais (RWA) — e o open finance tem sido subestimada, apesar do potencial.   

Campos Neto afirmou que o Drex surge como peça-chave nesse cenário, trazendo eficiência e produtividade para a gestão de riscos, garantias e funding pelos bancos.   

Os brasileiros agora têm uma nova oportunidade para comprar criptomoedas. A Bitybank, exchange de criptomoedas, anunciou nesta terça-feira (4) uma nova funcionalidade que permite aos usuários adquirir Bitcoin (BTC) e outros criptoativos por meio de empréstimos rápidos e totalmente digitais.  

A novidade, chamada "Compra Turbinada", já está disponível na plataforma e promete facilitar o acesso ao mercado cripto para todos os perfis de investidores. 

É possível fazer empréstimo para comprar criptomoedas?  

De acordo com o Bitybank, o processo de solicitação do empréstimo ocorre de forma rápida e simples, com aprovação em segundos.  

A fintech atua como correspondente bancário, realizando o empréstimo por meio de uma Cédula de Crédito Bancário (CCB). Os ativos adquiridos com o crédito ficam alocados como garantia e só são liberados na conta do cliente após o pagamento integral do empréstimo. 

O cliente tem a possibilidade de vender os criptoativos, seja de forma programada ou manual, para liquidar a dívida antes do vencimento, dando maior flexibilidade na gestão dos ativos. 

Como funciona a “Compra Turbinada”?  

A nova funcionalidade já está disponível para todos os clientes do Bitybank. Para utilizá-la, basta ter um saldo mínimo de R$ 20 na conta da plataforma, que será utilizado como capital inicial para o empréstimo.  

Além disso, o Bitybank oferece suporte completo e tutoriais detalhados para que os clientes possam aproveitar ao máximo a ferramenta. 

“Estamos sempre buscando formas de proporcionar mais valor aos nossos clientes, e a Compra Turbinada é um exemplo perfeito disso”, afirmou o CEO do Bitybank, Valdiney Pimenta.  

“Com essa funcionalidade, estamos democratizando o acesso a capital via empréstimos, que antes eram exclusivos dos grandes investidores. Queremos que nossos clientes se sintam empoderados a explorar o mercado cripto com confiança e segurança, sabendo que têm ao seu lado um parceiro sólido e inovador como o Bitybank", destacou.  

Ferramenta é autorizada?  

O lançamento da "Compra Turbinada" segue um estudo detalhado sobre as regulamentações bancárias e das instituições financeiras no Brasil, incluindo as consultas públicas do Banco Central sobre o mercado cripto.  

Para garantir a conformidade, a Bitybank contou com o apoio jurídico do escritório Pinheiro Neto, estruturando a ferramenta de acordo com as exigências regulatórias.