quinta, 20 de fevereiro, 2025

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Worldcoin: ANPD mantém suspensão do escaneamento de íris no Brasil

ANPD negou o recurso da Worldcoin e manteve a proibição da coleta de íris em troca de criptomoedas no Brasil. Entenda o caso e a resposta da empresa.

quarta, 12 de fevereiro, 2025 - 13:34

Redação MyCryptoChannel

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) negou o recurso da Wolrd, antiga Worldcoin, para adiar a suspensão do serviço de escaneamento de íris em troca de criptomoedas no Brasil. Com isso, a atividade permanece proibida no país, de acordo com a decisão publicada no Diário Oficial da União da última terça-feira (11). 

O documento reforça a proibição da concessão de compensação financeira, seja em criptomoeda (WorldCoin – WLD) ou em qualquer outro formato, para identidades digitais (World ID) criadas por meio da coleta de íris.

A empresa havia solicitado um prazo adicional de 45 dias para implementar mudanças no aplicativo e interromper a oferta de recompensas financeiras, mas o pedido foi negado. 

O Conselho Diretor da ANPD considerou que a suspensão do pagamento poderia ser realizada imediatamente, inclusive por meio do adiamento de agendamentos, enquanto os ajustes necessários fossem implementados.

A diretora Miriam Wimmer, relatora do caso, destacou que a oferta de recompensas financeiras configura uma interferência indevida na livre manifestação de vontade dos titulares de dados, especialmente por se tratar de uma tecnologia emergente e desconhecida. 

Resposta da Worldcoin

A empresa respondeu e disse que “respeita a decisão da ANPD”. Além disso, destacaram que estão pausando voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações.

“Os espaços físicos da World permanecerão abertos para fornecer educação e informações ao público e pedimos desculpas por qualquer inconveniente aos que desejavam se juntar à World agora”, a empresa afirmou. 

“A World segue seu compromisso em cumprir com as leis nos mercados onde opera e continuará trabalhando para garantir transparência e entendimento público desse serviço essencial, que busca aumentar a segurança e confiança online na era da IA”, concluiu. 

Histórico da suspensão

Em janeiro, a Tools for Humanity (TfH), empresa responsável pela coleta de íris para o projeto Worldcoin, foi proibida de oferecer criptomoedas ou qualquer outra forma de remuneração em troca de dados de brasileiros. 

A Worldcoin, criada por Sam Altman, fundador da OpenAI, tem como proposta registrar a íris de pessoas ao redor do mundo para criar um sistema de identificação digital baseado em blockchain.

A promessa da empresa é permitir que indivíduos comprovem sua identidade em um mundo digitalizado, oferecendo recompensas em tokens WLD, que equivalem à cerca de R$ 700. A iniciativa foi um sucesso nas redes sociais antes de ser proibida e levou milhares de pessoas ao cadastro da íris. 
 

Criptomoedas

Ripple anuncia parceria com Unicâmbio para pagamentos rápidos entre Portugal e Brasil

Ripple anunciou uma parceria com a Unicâmbio para viabilizar transferências instantâneas e de baixo custo entre Brasil e Portugal, utilizando sua plataforma Ripple Payments

segunda, 10 de fevereiro, 2025 - 16:51

Redação MyCryptoChannel

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A Ripple anunciou nesta segunda-feira (10) uma parceria com a casa de câmbio portuguesa Unicâmbio, com o objetivo de possibilitar transferências instantâneas e de baixo custo entre Portugal e o Brasil. 

A inovação será viabilizada pela plataforma Ripple Payments, que utiliza ativos digitais para agilizar os pagamentos internacionais.

De acordo com a Ripple, a tecnologia implementada na parceria com a Unicâmbio utiliza ativos digitais para transformar os pagamentos internacionais, tornando-os mais rápidos, econômicos e eficientes.

Com a nova solução, os clientes empresariais da Unicâmbio poderão realizar transferências entre os dois países com liquidações em apenas alguns minutos. 

De acordo com a Diretora-Geral para Reino Unido e Europa da Ripple, Cassie Craddock, “a parceria com a Unicâmbio é um marco para a Ripple na Europa”.

“Portugal se destaca como um hub crescente para a tecnologia de criptomoedas, e estamos muito empolgados em oferecer nossa solução de pagamentos aos nossos parceiros neste mercado dinâmico", destacou. 

Ela acrescentou que, ao conectar as redes de pagamentos em Portugal e Brasil, a Ripple está promovendo transações mais rápidas e acessíveis. Ao mesmo tempo, a “ponte econômica entre estes dois importantes mercados” é fortalecida. 

Além de expandir sua atuação em Portugal, a Ripple já possui uma presença consolidada no Brasil, onde vem colaborando com grandes players do setor financeiro. 

Entre eles, destacam-se o Travelex Bank, parceiro da Ripple desde 2022, e o Mercado Bitcoin, a maior plataforma de criptomoedas da América Latina. 

Para Adriana Jerónimo, Membro do Conselho de Administração da Unicâmbio, “Portugal e o Brasil partilham laços econômicos e culturais profundos, com fluxos financeiros significativos. Ao recorrer à tecnologia blockchain, estamos a transformar a forma como o dinheiro circula entre os dois países”. 


 

Criptomoedas

Drex, stablecoins e regulação: o que o presidente do BC revelou em evento do BIS

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, discute o avanço das stablecoins e os desafios regulatórios no Brasil

sexta, 07 de fevereiro, 2025 - 15:41

Redação MyCryptoChannel

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O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, abordou na última quinta-feira (6) o cenário das criptomoedas no Brasil, destacando o domínio das stablecoins no mercado nacional.  

Durante sua participação em um evento do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Cidade do México, Galípolo ressaltou que esses ativos são utilizados majoritariamente como meio de pagamento, e não apenas como reserva de valor em dólar. 

Stablecoins e desafios regulatórios 

Galípolo classificou o uso das stablecoins como meio de pagamento como um fator preocupante, destacando seu potencial opacidade em relação à tributação e à prevenção à lavagem de dinheiro. “Isso não é uma acusação, mas quando você vê o que as pessoas estão comprando, sempre surge essa dúvida sobre a motivação”, afirmou. 

O presidente do BC também comentou sobre a busca por privacidade no uso de criptomoedas, sugerindo que, em muitos casos, essa privacidade não está ligada apenas à proteção de dados pessoais, mas também ao desejo de evitar a tributação sobre determinadas transações. 

O que Galípolo acha do Drex? 

Além do panorama sobre as stablecoins, Galípolo explicou o conceito e os objetivos do Drex.  

Ele esclareceu que o Drex não é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês), mas sim uma infraestrutura baseada em tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT), que permite a tokenização de depósitos e ativos por meio de contratos inteligentes. 

Entre as principais motivações para a implementação do Drex, Galípolo destacou a possibilidade de viabilizar finanças e crédito de forma mais eficiente.

“Quando tentamos explicar para as pessoas que tipo de problemas o Drex pode resolver, geralmente usamos o exemplo de que ele pode facilitar o acesso a crédito por meio dessa infraestrutura”, afirmou. 

O antigo o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, também destacou o potencial do Drex. Em sua fala, Campos Neto destacou que a interseção entre tokenização — especialmente os tokens lastreados em ativos reais (RWA) — e o open finance tem sido subestimada, apesar do potencial.   

Campos Neto afirmou que o Drex surge como peça-chave nesse cenário, trazendo eficiência e produtividade para a gestão de riscos, garantias e funding pelos bancos.