Por Douglas Barrochelo, CEO da Biz, CEO da Biz
A descentralização financeira é um conceito que se refere à distribuição e transferência de poder e recursos financeiros para fora de uma autoridade centralizada e autoritária. Ela pode ser aplicada em diferentes contextos, como governos, empresas, organizações e até mesmo indivíduos.
Neste contexto, ela pretende aumentar a eficiência, a transparência, a participação e a inovação no uso e na gestão dos recursos financeiros de forma autônoma. Além disso, ela pode também reduzir os custos, as burocracias, as fraudes e as desigualdades que podem ocorrer em sistemas centralizados.
Um dos exemplos mais recentes e promissores de descentralização é o DeFi (Decentralized Finance), que é um conjunto de aplicações financeiras baseadas em tecnologias dissociadas, como blockchain e criptomoedas. O DeFi permite que os usuários realizem transações financeiras sem intermediários, como bancos ou outras instituições. O DeFi também oferece oportunidades de rendimento, empréstimo, investimento e pagamento de forma mais acessível, prática e segura. São inúmeros os benefícios dessa descentralização. Sendo eles:
Praticidade: não há intermediários entre as transações, que são descentralizadas e automatizadas por meio de contratos inteligentes. Isso reduz o tempo, o custo e a complexidade das operações financeiras.
Acessibilidade: elas costumam ser menos burocráticas (não consultam score de crédito) e cobram taxas menores do que as praticadas por bancos ou outras instituições. Além disso, elas podem ser acessadas por qualquer pessoa com acesso à internet, independentemente de sua localização ou situação socioeconômica.
Rendimento e redução de custos: o DeFi pode oferecer taxas de juros mais altas que de outras aplicações tradicionais, pois há uma maior demanda e oferta de recursos financeiros no mercado descentralizado. Os usuários podem obter rendimentos tanto emprestando quanto investindo seus recursos em diferentes protocolos DeFi.
Inovação: estímulo à criatividade e a experimentação, pois os usuários têm mais liberdade para criar e usar soluções financeiras adequadas às suas necessidades e preferências, além de também favorecer o desenvolvimento e a aplicação de conhecimentos específicos que podem contribuir para a melhoria dos serviços e produtos financeiros.
Autonomia: conceder mais poder e responsabilidade aos usuários, que podem tomar decisões financeiras de forma independente e consciente. A descentralização também promove uma maior participação e colaboração dos usuários na governança e na fiscalização dessas aplicações financeiras.
A descentralização financeira é um fenômeno que está revolucionando o mundo das finanças e trazendo novas oportunidades e desafios para os usuários e empresas. O “embedded finance” já é um termo bem aceito na indústria onde compreende que negócios podem ter/ser sua própria solução financeira e/ou de pagamentos.
Já dizia Bill Gates em 1994: “O mundo não precisa de bancos, mas de serviços bancários”. Este é um caminho sem volta que pode trazer mais eficiência, transparência, ganhos de receitas e inovação para o setor financeiro. Mas também é um caminho que exige cuidado, preparo e adaptação dos usuários.
Com plataformas de infraestrutura tecnologia, alinhada às licenças regulatórias, qualquer empresa pode aproveitar de seu ecossistema para oferecer, desde pagamento de salários e benefícios corporativos para seus colaboradores à maquininhas de cartão para seus clientes realizarem seus pagamentos. E o melhor: protagonizando sua própria identidade visual e sendo o principal agente transformador de uma nova economia.
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