A Nasdaq protocolou oficialmente um pedido à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para listar e negociar um fundo negociado em bolsa (ETF) lastreado no Avalanche (AVAX), desenvolvido pela gestora VanEck. 

Após o pedido, a criptomoeda registrou alta. Nesta sexta-feira (11), o AVAX é negociada a US$ 18,95 com alta de 3,79% nas últimas 24 horas. De acordo com o CoinMarketCap, o ativo acumula valorização de 5,3% na semana. 

Pedido de ETF da Avalanche (AVAX)

Caso a SEC aprove a solicitação, o ETF permitirá que investidores ganhem exposição ao desempenho do Avalanche sem precisar comprar AVAX diretamente. 

O protocolo, submetido pelo vice-presidente executivo da bolsa, John Zecca, prevê a criação de um fundo que siga a regulamentação destinada a trusts lastreados por commodities, conforme estipula a Regra 5711(d) do órgão regulador. 

A estrutura do fundo será operada pela VanEck Digital Assets, enquanto a guarda dos tokens ficará sob responsabilidade de uma custodiante especializada.

Gestoras estão interessadas no AVAX

Esse novo ETF baseado no Avalanche não é um caso isolado. A VanEck tem ampliado sua atuação no mercado de ativos digitais por meio de produtos semelhantes envolvendo outras altcoins, como Ethereum (ETH), Solana (SIL) e BNB. Em março, a empresa registrou o Avalanche Trust como companhia fiduciária no estado de Delaware, nos Estados Unidos. 

A Nasdaq também entrou com um segundo pedido relacionado ao Avalanche, desta vez em nome da Grayscale, outra empresa do setor de investimentos em ativos digitais.

Vale a pena investir em ETFs de criptomoedas? 

Os ETFs de criptomoedas são uma ótima alternativa para quem quer investir em ativos digitais, mas não quer comprar e armazenar as moedas digitais diretamente. 

Esses fundos negociados em bolsa replicam o desempenho das criptomoedas, permitindo que investidores participem das oscilações dao ativo digital sem ter a dor de cabeça de administrar carteiras digitais ou chaves privadas.

Fundos de Bitcoin negociados nas bolsas dos Estados Unidos sofreram saídas líquidas de US$ 326,27 milhões na terça-feira (8), no maior volume de retiradas diárias desde 11 de março. 

A saída de recursos ocorre no contexto da intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China, após a imposição de tarifas de 104% sobre produtos chineses, que entrou em vigor nesta quarta-feira (9).

ETFs de Bitcoin registram maior saída desde março

O IBIT da BlackRock liderou as perdas entre os ETFs de Bitcoin, com US$ 252,9 milhões em saídas líquidas. 

Na sequência, o BITB da Bitwise registrou retirada de US$ 21,7 milhões, enquanto os fundos ARKB e ARK da 21Shares perderam US$ 19,9 milhões. Também houve retiradas nos fundos GBTC da Grayscale, Mini Trust, EZBC da Franklin e BTCO da Invesco.

O movimento negativo de terça-feira seguiu uma sequência de quatro dias seguidos de perdas líquidas nos ETFs de Bitcoin. Na segunda-feira (7), os fundos já haviam perdido US$ 109,2 milhões. O volume total negociado caiu de US$ 6,6 bilhões na segunda para US$ 3 bilhões na terça. 

Por que os ETFs de Bitcoin estão em queda? 

Analistas apontam que o novo episódio de tensão geopolítica está gerando aversão ao risco nos mercados, com impacto direto sobre ativos mais voláteis, como as criptomoedas. 

Rick Maeda, pesquisador da Presto Research, afirmou ao portal The Block que o movimento revela um ambiente de instabilidade:

“Os fluxos de ETFs provavelmente permanecerão voláteis, e o histórico sugere que os investidores costumam vender indiscriminadamente em ambientes de aversão ao risco, independentemente da narrativa”, disse.

Bitcoin recua após pico e mercado de Ethereum também sofre

O Bitcoin chegou a ultrapassar a marca de US$ 80 mil na terça-feira, mas sofreu liquidação e recuou 4,38%, sendo cotado a US$ 76,2 mil na manhã desta quarta. Já os ETFs de Ethereum também sentiram os reflexos do ambiente global, com saídas de US$ 3,29 milhões.