A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) autorizou a negociação de opções para três fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados ao Ethereum (ETH). De acordo com o comunicado oficial do regulador, haverá um limite de até 25 mil contratos por negociação, sendo o tamanho do contrato ajustado conforme a posição do fundo no mercado.

Após a notícia, o ETH registrou uma alta. Apesar da queda semanal de 12,82%, a segunda maior criptomoeda do mundo em termos de valorização avança 0,37% a US$ 1,56 mil. 

Novas opções de ETFs de EThereum

Entre os produtos autorizados, estão o iShares Ethereum Trust, da BlackRock, o ETF da Bitwise e o Ethereum Trust, da Grayscale. A negociação de opções desses fundos ocorrerá na Nasdaq, conforme previsto na proposta original submetida ao regulador.

Por meio desses instrumentos, é possível apostar na valorização ou queda de um ativo, com potencial de ganhos maiores – ou perdas, no caso de má gestão de risco.

As opções permitem comprar ou vender um ativo por um valor determinado em uma data futura. Isso proporciona maior flexibilidade para operar em cenários de alta volatilidade, típicos do mercado cripto.

Além disso, a negociação de opções tende a aumentar a liquidez dos ativos envolvidos, favorecendo a descoberta de preços e, potencialmente, contribuindo para a valorização do Ethereum no médio e longo prazo.

Expectativas de crescimento para ETFs de Ethereum com novas opções

O movimento acontece após a SEC ter aprovado, no ano passado, tanto os ETFs de Bitcoin quanto suas respectivas opções. Além disso, agora o órgão regulador tende a ser mais receptivo com as criptomoedas, já que nessa semana Paul Atkins foi confirmado como novo presidente da SEC. 

O novo gestor do regulador foi co-presidente da Token Alliance, grupo de defesa de criptomoedas, até o final de 2024.

“Atkins também fornecerá clareza regulatória para os ativos digitais, permitindo que a inovação americana prospere e garantindo nossa competitividade no cenário global”, declarou o senador Tim Scott, presidente do Comitê Bancário do Senado.

Os fundos negociadas em bolsa (ETFs) de Bitcoin (BTC) à vista estão sentindo o impacto da tensão comercial global. Entre os dias 28 de março e 8 de abril, os produtos baseados em BTC registraram saídas líquidas de aproximadamente US$ 595 milhões, de acordo com dados da Farside Investors. 

Mesmo após a suspensão temporária de tarifas comerciais pelos Estados Unidos, na quarta-feira (9), o movimento de retirada continuou. No dia em que o Bitcoin voltou a ser negociado acima de US$ 80 mil, mais US$ 127 milhões deixaram esses fundos.

Por outro lado, o BTC é negociado a US$ 82 mil nesta sexta-feira (11). Apesar da queda semanal, a maior criptomoeda do mundo avança 0,54% nas últimas 24 horas. 

Saídas de ETFs de Bitcoin

Entre os produtos, o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) registrou a maior saída semanal. O fundo da Grayscale registrou uma saída de US$ 22,782 milhões entre os dias 24 de março a 10 de abril. 

Por outro lado, o iShares Bitcoin Trust (IBT) disparou com a captação de US$ 39,568 milhões no mesmo período. Ele é seguido pelo FBTC e ARKB com entradas de US$ 11,414 milhões e US$ 2,578 milhões.

O pico de desvalorização dos ETFs foi realizado na terça-feira (8), com saídas líquidas totais de US$ 326,3 milhões. 

Qual o motivo das saídas? 

Especialistas apontam que um dos principais fatores por trás da saída de recursos dos ETFs é o temor de uma recessão econômica. Em entrevista para o Cointelegraph, Michael Weidner, codiretor global de renda fixa da Lazard Asset Management, há uma visível retração na liquidez do mercado de crédito corporativo.

Esse sentimento negativo, em todos os setores do mercado financeiro, é gerado pela incerteza de uma guerra comercial e instabilidade geopolítica. Mesmo com a alta do Bitcoin, a macroeconomia está se sobrepondo ao setor, que é considerado separado da economia tradicional.