A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024 trouxe novas expectativas para o mercado de criptomoedas e o Bitcoin (BTC) com novos recordes acima de US$ 76 mil.  

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, vê a presidência do republicano e o controle do senado pelo partido como oportunidades de avanço para o setor. 

Bitcoin reage às mudanças e alcança novo marco de US$ 75 mil  

Com o anúncio da vitória de Trump, o preço do Bitcoin subiu para mais de US$ 75.000, impulsionado pela possibilidade de uma abordagem regulatória mais clara e favorável aos ativos digitais.  

Nesta quinta-feira (7), a criptomoeda está sendo negociada a US$ 76 mil com valorização de 8,19% nos últimos sete dias, segundo o CoinMarketCap.  

O mercado se mostrou otimista com a chance de Trump substituir o atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, cujo trabalho tem sido visto como rigoroso em relação a criptomoedas. 

Aposta no “Congresso mais pró-cripto de todos os tempos” 

Em seu comentário sobre as eleições, Brian Armstrong destacou que mais de 250 candidatos pró-cripto foram eleitos para a Câmara dos Representantes, o que, segundo ele, cria o “Congresso mais pró-cripto de todos os tempos”.  

Em Ohio, por exemplo, Bernie Moreno, um defensor das criptomoedas, levou o cargo contra o senador Sherrod Brown, crítico do setor. 

Expectativas de clareza regulatória e flexibilidade para exchanges 

Armstrong reforça que o eleitorado busca maior liberdade econômica, o que se reflete na escolha de candidatos favoráveis ao setor cripto.  

“A América seguirá um caminho rumo à liberdade econômica, que é nossa fonte de força, baseada em governo limitado, estado de direito, meritocracia, disciplina fiscal e respeito pelo mercado livre (não pelo governo)”, afirmou. 

Armstrong é CEO de uma exchange centralizada e vê benefícios na potencial redução de fiscalização regulatória, o que permitiria maior flexibilidade para plataformas como a Coinbase. 

Aumento no prêmio da Coinbase e demanda institucional por Bitcoin 

Após a vitória de Trump, o prêmio da Coinbase, que indica o interesse de compra de investidores americanos, ficou positivo pela primeira vez desde outubro.  

Analistas, como Julio Moreno da CryptoQuant, apontam esse crescimento como um sinal de renovado pelo Bitcoin, com o volume de negociação de futuros de BTC na CME atingindo recordes.  

A Coinbase, maior bolsa de criptomoedas dos Estados Unidos, está ampliando seus esforços contra a Comissão de Valores Mobiliários (SEC).  

O regulador reluta em disponibilizar documentos internos sobre o tratamento do Ethereum (ETH) e outros tokens da rede Ethereum como valores mobiliários ilegais.  

A empresa contratou a History Associates Inc. para solicitar essas informações sob o Freedom of Information Act (FOIA). Essa medida inicialmente resultou em negação por parte da SEC, sob o argumento de que os documentos estavam relacionados a uma investigação em curso. 

Pressão judicial da Coinbase  

Após a recusa da SEC, a Coinbase, por meio da History Associates, decidiu intensificar a questão e planeja pressionar o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia a obrigar a agência a liberar os documentos.  

Em um comunicado apresentado ao tribunal na última segunda-feira (15), a History Associates disse que não vê mais motivos válidos para a negativa da SEC. A empresa pretende solicitar uma ação sumária parcial para obter a liberação das comunicações internas da agência reguladora. 

Disputa por transparência 

Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase, criticou publicamente a SEC por sua postura diante da solicitação de documentos.  

Em uma publicação no X, antigo Twitter, Grewal afirmou que a Coinbase pediu, há mais de um ano, informações sobre o Ethereum 2.0 e outros temas relacionados ao tratamento regulatório de criptomoedas, mas encontrou uma série de obstáculos criados pela agência. 

“Então, processamos para acabar com a paralisação deles, apenas para obter um conjunto inteiramente novo de desculpas”, concluiu Grewal.