Algumas semanas atrás o mercado de criptomoedas foi altamente influenciado por transferências da Mt. Gox e isso pode acontecer novamente. Nesta terça-feira (13), foi registrada a realização de uma transação de teste por uma carteira que recebeu US$ 2,19 bilhões em Bitcoin (BTC) da extinta exchange Mt. Gox 

A operação foi concluída às 10:57 UTC e, segundo uma postagem Arkham Intelligence, levantou as suspeitas sobre a conexão da carteira com a Bitgo, uma das últimas exchanges responsáveis de redistribuir os fundos para os credores da Mt. Gox. 

Atualmente, a carteira identificada como bc1q26 possui 33.105 BTC, no valor de aproximadamente US$ 1,96 bilhão com base nos preços atuais. Após o recebimento dos BTCs em 30 de julho às 23:28 UTC, a carteira permaneceu inativa por duas semanas.  

Desde a transação de teste, o valor do Bitcoin caiu cerca de US$ 23 milhões, dado que o preço estava próximo de US$ 58.900 em 13 de agosto. Porém, após a movimentação inicial, não foram observadas novas atividades na carteira. 

Segundo dados do CryptoQuant, 67,7% do processo de distribuição dos fundos da Mt. Gox já foi realizado. Apesar de a distribuição envolver aproximadamente 127 mil credores, o mercado de criptomoedas não sofreu uma queda significativa.  

Em 5 de julho, a Mt. Gox iniciou o processo de reembolso aos credores, seguindo seu plano de reabilitação. Os reembolsos estão sendo feitos em Bitcoin e Bitcoin Cash (BCH) por meio de exchanges como Kraken, Bitstamp e Bitgo. 

A Coinbase operações no Havaí, oferecendo aos residentes do estado a possibilidade de comprar, vender e gerenciar criptomoedas. Além disso os havaianos podem realizar staking de ativos e transferências internacionais.  

O retorno da empresa ao mercado havaiano ocorre após uma série de mudanças regulatórias promovidas pelo Departamento de Comércio e a Divisão de Assuntos do Consumidor de Instituições Financeiras do Havaí, que agora fornecem um ambiente mais favorável para empresas do setor de criptomoedas. 

Em 2017, a Coinbase havia se retirado do Havaí devido a políticas rigorosas que exigiam que as empresas de criptomoedas mantivessem reservas de caixa equivalentes a 100% de suas participações em Bitcoin.  

Na época, Juan Suarez, que liderava o departamento jurídico da Coinbase, afirmou que essas exigências tornavam impossível a continuidade das operações da exchange no estado. Esse cenário obrigou a empresa a suspender seus serviços para os residentes havaianos por mais de seis anos. 

No entanto, a situação começou a mudar em 2020, quando o Departamento de Instituições Financeiras do Havaí e a Hawaii Technology Development Corporation lançaram um sandbox regulatório chamado Hawaii Digital Currency Innovation Lab.  

Esse programa permitiu que empresas de criptomoedas, incluindo a exchange Gemini, operassem no estado sem a necessidade de uma licença estadual de transmissão de dinheiro, por um período de dois anos.  

Com o término do Hawaii Digital Currency Innovation Lab em 30 de junho de 2023, as empresas de criptomoedas ainda podem atuar no Havaí, mas agora precisam cumprir os requisitos regulatórios federais e, eventualmente, obter licenciamento estadual, conforme estipulado pelo governo local.  

A Coinbase aproveitou esse momento para retomar suas operações. "Estamos entrando oficialmente no Havaí após mudanças regulatórias feitas pelo Departamento de Comércio do Havaí e pela Divisão de Assuntos do Consumidor de Instituições Financeiras, que fornecem clareza para empresas de criptomoedas", informou a Coinbase em um comunicado.