A CPI das Pirâmides Financeiras realizou uma audiência nesta quarta-feira (9), que recebeu os diretores de três exchanges brasileiras, de forma virtual. Nesse encontro, eles esclareceram a perspectiva do mercado de criptomoedas e detalharam o funcionamento de suas operações no país.
Participaram da audiência, por meio de videoconferência, Reinaldo Rabelo, diretor executivo do Mercado Bitcoin (MB); João Canhada, diretor executivo da Foxbit; e Thales Freitas, representando Daniel Vogel e atuando como executivo da Bitso Brasil. Todos eles defenderam a legitimidade do mercado de criptomoedas.
O diretor do Mercado Bitcoin destacou as práticas implementadas para coibir o uso indevido de sua plataforma em atividades criminosas, incluindo a aplicação de políticas de "Conheça Seu Cliente" (KYC) e "Conheça Sua Transação" (KYT) desde o início de suas operações em 2013.
Reinaldo Rabelo enfatizou que "criptomoedas não possuem qualquer relação com pirâmides financeiras." Ele ressaltou que o uso de criptomoedas em esquemas fraudulentos não indica uma associação intrínseca, já que outros ativos também foram explorados de maneira semelhante no passado.
Reforçando a postura de proteção dos usuários, o representante da Bitso Brasil explicou que a segregação patrimonial tem sido uma prática adotada desde a fundação da empresa.“Nós nunca tocamos no dinheiro do cliente e não existe nenhum tipo de mistura entre ativos que são colocados na nossa custódia.”, completou Freitas.
João Canhada, CEO da Foxbit, sublinhou o comprometimento da corretora em seguir rigorosamente a legislação brasileira e aplicar as melhores práticas de conformidade. Ele destacou a existência de um sólido código de ética e conduta e ainda defendeu a importância da CPI para compreender a atuação desses golpes.
