De acordo com uma moção recentemente observada por promotores federais dos EUA em 14 de agosto, Ryan Salame, antigo executivo da FTX não se apresentará como testemunha no caso da FTX. Envolvimento de Salama está ligado ao esquema ilegal de doação de campanha, parte central do processo que envolve a exchange.
O ex-co-CEO da unidade das Bahamas da FTX, Salame, enfrenta alegações de que contribuiu com mais de US$ 24 milhões a candidatos e causas republicanas. Esse apoio teria sido feito durante as campanhas eleitorais dos Estados Unidos de 2022, utilizando recursos provenientes de clientes. Até o momento, não foram formalizadas pressões criminais contra Salame.
O advogado de Salame expressou que, caso convocado a testemunhar, o cliente invocaria o direito garantido pela Quinta Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Essa prerrogativa, conhecida por proteger contra a autoincriminação, representa uma abordagem cautelosa perante as questões legais.
A escolha de Salame de se abster de testemunhar é motivada por uma mensagem privada que ele compartilhou com “um membro confiável da família” em novembro de 2021. Nessa mensagem, Salame confirma o seu envolvimento no claro esquema de doações.
Detalhando o conteúdo dessa mensagem, a moção revela que Salame comunicou o desejo do então CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, de conduzir doações a candidatos de ambos os partidos democrata e republicano nos Estados Unidos. No entanto, Salame expressou resistência a essa ideia, alegando que tal atitude alienaria ambas as vertentes políticas.
Além disso, ele explicou que o propósito das doações bipartidárias era “transformar democratas anti-cripto em democratas pró-cripto, e republicanos anti-cripto em republicanos pró-cripto”. Ele também acrescentou que havia probabilidade de Bankman-Fried usar seus recursos por meio de Salame “para eliminar aquele aspecto republicano”.
