A FTX, exchange de criptomoedas que declarou falência em 2022, entrou com um processo contra ex-funcionários da Salameda, uma entidade sediada em Hong Kong com ligações à FTX e supostamente controlada pelo ex-CEO da empresa, Sam Bankman-Fried. De acordo com documentos divulgados na última quinta-feira (21), a empresa busca recuperar cerca de US$ 157,3 milhões em ativos hipoteticamente retirados ilegalmente.
O processo judicial identifica os réus como Darren Wong, Kevin Nguyen, Matthew Burgess, Lesley Burgess (mãe de Matthew) e Michael Burgess, e duas empresas supostamente sob o controle deles. Essas empresas mantinham contas registradas nas plataformas FTX.com e FTX US e, segundo as alegações, realizaram retiradas de ativos nos dias que antecederam a falência da exchange.
O período em questão, conhecido como "Período de Preferência," abrange os 90 dias anteriores ao pedido de falência da FTX em 11 de novembro de 2022. O processo argumenta que as retiradas efetuadas pelos réus durante esse período constituem transferências preferenciais e, como tal, podem ser evitadas segundo o Código de Falências.
A ação judicial afirma que os réus agiram rapidamente para retirar ativos e exploraram suas conexões com o pessoal da FTX para garantir que suas retiradas fossem priorizadas em relação às de outros clientes. O documento detalha a alegação de que os réus aproveitaram sua posição privilegiada na empresa para obter benefícios indevidos no período que antecedeu a falência.
A FTX, que uma vez foi uma das exchanges mais proeminentes do mercado de criptomoedas, agora busca reparação financeira por meio deste processo legal.