sábado, 23 de novembro, 2024

FTX

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FTX utilizou fundos de clientes para recomprar participação da Binance

CEO da exchange confirma recebimento de mais de US$ 2,1 bilhões em stablecoins como parte da recompra pela empresa

quinta, 19 de outubro, 2023 - 09:52

Redação MyCryptoChannel

A FTX enfrentou acusações explosivas durante uma audiência realizada na última quarta-feira (18), quando surgiu que a empresa falida utilizou fundos de seus clientes para adquirir a totalidade da participação que detinha na sua rival, a Binance. A revelação foi feita por Changpeng Zhao, CEO da exchange, que afirmou ter recebido mais de US$ 2,1 bilhões em Binance USD (BUSD) e tokens FTT da FTX como parte do acordo de recompra.

 

A saga ganha ainda mais destaque com a participação do professor de contabilidade da Universidade de Notre Dame, Peter Easton, que foi recrutado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) para investigar a complexa trama financeira envolvendo bilhões de dólares entre a Alameda e a FTX. A investigação faz parte do julgamento de Sam Bankman-Fried, atualmente em andamento.

 

Segundo Easton, os depósitos recebidos foram utilizados para financiar a recompra das ações da Binance na FTX. Uma revelação chocante foi feita durante a audiência, na qual Easton declarou: "Mais de um bilhão de dólares que financiaram essa transação vieram diretamente dos fundos de clientes da bolsa FTX".

 

O imbróglio remonta a 2019, quando a Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, fez um investimento não revelado na FTX como parte de uma parceria estratégica entre as duas empresas. Na ocasião, a corretora estava em um estágio inicial e processava US$ 500 milhões em negociações diárias, um contraste em relação ao seu pico, com mais de US$ 50 bilhões em transações diárias.

FTX

Tribunal dos EUA aprova acordo bilionário entre FTX, Alameda Research e CFTC

Decisão do Tribunal Distrital do Sul de Nova York decide acordo de US$ 12,7 bilhões após negociações intensas e encerra processo de fraude contra FTX e Alameda Research

quinta, 08 de agosto, 2024 - 11:45

Redação MyCryptoChannel

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O juiz P. Kevin Castel, do Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, aprovou um acordo de US$ 12,7 bilhões entre a extinta bolsa de criptomoedas FTX, a Alameda Research e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC). O documento judicial foi registrado na quarta-feira (7), encerrando meses de negociações. 

A FTX e a Alameda Research chegaram a um acordo com a CFTC em julho, aguardando apenas a aprovação judicial. Este acordo põe fim ao processo movido pela CFTC contra a exchange e seu ex-CEO, Sam Bankman-Fried, além da Alameda, iniciado em dezembro de 2022.  

Além das transações financeiras, o acordo inclui uma proibição permanente para os réus da FTX e partes associadas de se envolverem direta ou indiretamente em negociações e transações envolvendo “interesses em commodities”, isso inclui negociação de Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) ou USDT.  

A CFTC havia alegado que a fraude cometida pela FTX resultou em perdas de US$ 8 bilhões para os clientes. Inicialmente, a agência buscava uma reivindicação de US$ 52,2 bilhões. 

A FTX e a Alameda Research são obrigadas a pagar US$ 8,7 bilhões em restituição aos indivíduos que sofreram perdas devido às suas violações do Commodity Exchange Act. Adicionalmente, um valor de US$ 4 bilhões será pago em restituição pelos ganhos obtidos através das infrações. 

Como parte do acordo, a CFTC não receberá qualquer compensação, desde que a FTX cumpra seu plano de reorganização. Dessa forma, a FTX destinará até US$ 12,7 bilhões aos credores, conforme a disponibilidade dos fundos. No processo judicial de julho, a FTX declarou que a CFTC é "o credor individual mais significativo" em seus casos de falência do Capítulo 11. 

FTX

Fundador da FTX e família acusados de desviar US$ 100 milhões para doações políticas

E-mails revelam esquema de financiamento ilícito com fundos de clientes

sexta, 05 de julho, 2024 - 15:03

Redação MyCryptoChannel

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Sam Bankman-Fried, o fundador da exchange de criptomoedas FTX que colapsou em 2022, está envolto em um escândalo financeiro. Novas revelações apontam para o uso indevido de US$ 100 milhões em fundos da empresa para financiar doações políticas, com a participação ativa de sua família. 

Documentos obtidos pelo The Wall Street Journal (WSJ) detalham um esquema que desviou recursos da FTX para fins ilícitos. Os e-mails revelam que a família de SBF, incluindo seu pai, Joe Bankman, sua mãe, Barbara Fried, e seu irmão, Gabriel Bankman-Fried, organizaram a transferência de mais de US$ 100 milhões para entidades e causas políticas de interesse próprio. 

E-mails revelam Joe Bankman foi uma figura central no esquema e envolvimento direto nas operações. Barbara Fried, cofundadora do super PAC Mind the Gap, teria direcionado recursos para grupos e iniciativas progressistas, enquanto Gabriel canalizou doações para projetos de prevenção de pandemias. 

As revelações dos e-mails desencadearam uma onda de processos legais. David Mason, ex-presidente da Comissão Federal Eleitoral, alerta para as graves consequências que Joe Bankman pode enfrentar, incluindo responsabilidade criminal sob as leis de financiamento de campanhas.