Sam Bankman-Fried, o fundador da FTX, entrou com uma petição judicial poucas horas antes do início de seu julgamento para impedir que testemunhas, incluindo investidores da empresa e um cliente ucraniano afetado pelo colapso da exchange, declarem contra ele.
O empresário, que se declarou inocente das acusações de fraude após a falência da empresa em novembro do ano passado, busca evitar que ex-membros da empresa forneçam detalhes sobre alegadas expressões "codificadas" utilizadas em uma suposta conspiração para o uso inadequado de fundos dos investidores.
Os promotores do Departamento de Justiça dos EUA desejam que ex-clientes e investidores testemunhem sobre como interpretaram as promessas de segurança de ativos feitas pela FTX. No entanto, o advogado de Bankman-Fried, Mark Cohen, argumentou em um documento divulgado na terça-feira que tal solicitação é "prematura" e poderia influenciar os membros do júri, interferindo em sua capacidade de tirar suas próprias conclusões.
Cohen afirmou que o DOJ solicita que "testemunhas perspicazes ofereçam suas próprias opiniões e interpretações sobre questões que o júri deve avaliar como pessoas razoáveis". Ele enfatizou que essa abordagem carece de base legal e argumentou que a defesa deveria pelo menos ter o direito de interrogar qualquer fonte apresentada pelo governo.
Embora o DOJ não tenha identificado publicamente os supostos co-conspiradores que deseja conectar às explicações das testemunhas, há especulações de que eles possam incluir Caroline Ellison, ex-chefe da Alameda Research, braço de fundos de hedge da FTX. O julgamento iniciará nesta terça-feira (3).