O mercado de trabalho no Brasil registrou a criação de 188.021 novas vagas formais em julho de 2024, conforme os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo informações compiladas pela SpaceMoney, o número ficou apenas 6% abaixo das expectativas de 200 mil empregos nesse mês.
Mesmo que o número tenha sido menor que o esperado, ainda significa um aumento de 32,3% em relação a julho de 2023, quando 142.107 empregos formais foram gerados, considerando os dados ajustados.
Além disso, no acumulado dos sete primeiros meses de 2024, o Brasil criou 1.492.214 novos postos de trabalho formais, um aumento de 27,2% em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse é o melhor desempenho desde 2021, quando foram criados 1.787.662 empregos formais entre janeiro e julho. No entanto, devido à mudança na metodologia do Caged, comparações com anos anteriores a 2020 não são viáveis.
Em termos de setores econômicos, todos os cinco setores analisados pelo Caged apresentaram crescimento no número de empregos formais em julho. O setor de serviços foi o principal responsável pela criação de empregos, com a abertura de 79.167 novas vagas.
A indústria ocupou o segundo lugar na geração de empregos, com 49.471 novas vagas, impulsionadas principalmente pela indústria de transformação, extração e outros que contratou 45.803 trabalhadores a mais do que demitiu.
Todas as cinco regiões do Brasil apresentaram crescimento no número de empregos formais em julho. A região Sudeste liderou a criação de vagas, com 82.549 novos postos, seguida pelo Nordeste, com 39.341 vagas, e pelo Sul, que adicionou 33.025 empregos. O Centro-Oeste e o Norte também contribuíram positivamente, com a criação de 15.347 e 13,5 mil vagas formais, respectivamente.
Entre os estados, São Paulo foi o destaque, com a criação de 61.847 novos postos de trabalho, representando um aumento de 0,43% em comparação ao mês anterior. No entanto, o Espírito Santo foi a única unidade federativa a registrar saldo negativo, com o fechamento de 1.029 vagas, uma redução de 0,11% em relação a junho.
No Rio Grande do Sul, o estado, que havia enfrentado grandes enchentes em abril e maio, apresentou um saldo positivo de 6.690 vagas em julho, marcando o primeiro mês de crescimento desde abril.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se surpreendeu com esse resultado. Ele achava que a geração de empregos no território gaúcho ia acontecer na passagem desse ano para o ano que vem. É uma surpresa muito positiva desse processo”.