sábado, 07 de setembro, 2024

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CPI das Pirâmides Financeiras: entenda como investigações podem influenciar no setor de criptomoedas

Henrique Lisboa, sócio do VBSO Advogados, explica sobre processo e o que é necessário para área no Brasil

terça, 08 de agosto, 2023 - 12:08

Ana Beatriz Rodrigues

A CPI das Pirâmides Financeiras foi instalada na Câmara dos Deputados em junho de 2023 e procura investigar para evitar crimes como lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio do mercado de criptomoedas. As atividades da CPI retornam nesta terça-feira (8) e convoca 156 pessoas para depor, incluindo representantes de empresas do setor e até influenciadores. Essas investigações vão trazer algumas mudanças, mas de que forma o setor das criptomedas pode ser impactado com a CPI

O presidente da CPI, o deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que a comissão "não tem intenção de sufocar o desenvolvimento do mercado de criptoativos". Para ele, o objetivo é exatamente o contrário, "procurando fomentar um ambiente seguro e saudável, onde o potencial das criptomoedas possa ser explorado ao mesmo tempo que protegemos os investidores e evitamos que criminosos se beneficiem das oportunidades oferecidas pelo setor.”

Com a intenção de investigar 11 empresas suspeitas de terem realizados fraudes com moeda digital, a CPI terá 120 dias para discutir o tema por audiências públicas, além de quebra de sigilos e análise de documentos.  Segundo Henrique Lisboa, sócio do VBSO Advogados, que golpes do tipo não são novidade no Brasil e em 2013, o Ministério Público investigou empresas ligadas à criação de pirâmides financeiras com marketing multinível.

Para Lisboa, a estratégia mudou  “e dessa vez eles se apropriaram de um termo em voga que são os criptoativos, principalmente, o Bitcoin, que é o ativo mais conhecido e negociado no Brasil.”

O que aconteceu até aqui?

Em um mês de investigações, a CPI já ouviu diversas pessoas, como o Faraó do Bitcoin e o Sheik das Criptomoedas, além disso, convocou 156 pessoas para prestar depoimento. Entre os convidados, temos Ronaldinho Gaúcho, como suspeita de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas na empresa “18K Ronaldinho”; Henrique Shibutani, representante da XP; Cristina Junqueira, Cofundadora do Nubank e Davi Maciel de Oliveira, suspeito de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa ZERO10 – Gensa Serviços Digitais S/A (GENBIT).

Os atores Tatá Werneck e Cauã Reymond, além do apresentador Marcelo Tas, também foram convocados para prestar depoimento, pois fizeram propaganda para a Atlas Quantum, esquema de pirâmide de cripto que usava um falso robô.

Para influenciadores, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou um estudo sobre uma possível regulamentação dos influenciadores e participantes do mercado de valores mobiliários. Segundo a pesquisa B3, cerca de 75% das pessoas iniciaram seus investimentos com base em informações de canais do YouTube e influenciadores. 

Como fugir de furadas?

O sócio da  VBSO Advogados afirmou que nesses casos é necessária uma educação sobre o mercado de criptoativos para toda população. “Acho que a população de forma geral precisa tomar consciência de que ao se deparar com promessas de rendimentos fixos ou promessas de rendimento fixos muito acima do que o mercado financeiro tradicional paga, normalmente é uma situação ilícita ou enganosa.”

Em casos como o da CPI, em que pessoas são influenciadas a investir em sistemas de fraude, Lisboa alerta para saber de quem receberemos essas informações. Para ele, se não há “registro da CVM, não tem registro do Banco Central, é uma empresa desconhecida, recém aberta” pode ser que seja uma atividade ilícita. Além de ser necessário analisar a ligação das pessoas com o mercado financeiro tradicional. 

Mesmo com essa situação e uma insegurança da população em relação ao mercado de criptomoedas com essas investigações, Henrique Lisboa acredita que nos últimos anos os ativos digitais já ganharam uma maior credibilidade e que isso pode melhorar. “ Então, acho que de fato com o tempo, com o senso comum,  vai ficar muito claro que são ativos, obviamente com os seus riscos inerentes que precisam ser estudados, mas são ativos lícitos.”, completou. 

Apesar de não haver uma resposta clara de como a CPI das Pirâmides Financeiras pode mudar o mundo das criptomoedas no Brasil, o sócio da VBSO Advogados comenta que é “a educação que vai fazer com que a população consiga distinguir o que é sério e do que é apenas um verniz em cima de um eventual golpe.”

Criptomoedas

Polygon substitui token MATIC pelo novo token POL nesta quarta-feira; saiba tudo

A migração para o token POL marca uma nova fase na estratégia da Polygon, estabelecendo-se como uma "rede de redes"

terça, 03 de setembro, 2024 - 19:19

Redação MyCryptoChannel

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A Polygon Labs irá realizar uma transição em sua plataforma, com a substituição do token MATIC pelo novo token POL na quarta-feira (4). Essa migração faz parte da estratégia da Polygon para se estabelecer como uma "rede de redes".  

A mudança para o token POL começou a ser testada em 17 de julho em uma rede de teste, onde possíveis problemas como bugs e vulnerabilidades foram identificados e corrigidos.  

O POL é considerado um "token de 3ª geração", sucedendo o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), e desempenhará um papel importante na blockchain de Prova de Participação (PoS) da Polygon.  

A troca do MATIC para POL ocorrerá automaticamente, sem necessidade de intervenção direta dos usuários, segundo a Polygon. No entanto, ajustes nas configurações de chamada de procedimento remoto nas carteiras podem ser necessários para que os tokens sejam exibidos corretamente como POL. 

Para usuários que mantêm MATIC na rede Ethereum, em plataformas zkEVM ou em exchanges centralizadas, algumas medidas adicionais podem ser necessárias: 

  • Rede Ethereum: A migração pode ser feita enviando os tokens MATIC para um contrato de migração específico ou usando exchanges descentralizadas (DEXs). 
  • zkEVMs: Será necessário conectar os tokens à blockchain do Ethereum e seguir as instruções fornecidas ou utilizar um agregador DEX para zkEVMs. 
  • Exchanges centralizadas: Cada corretora está lidando com a migração de maneira particular 

No caso do Brasil, algumas exchanges estão adotando as seguintes abordagens:  

  • Mercado Bitcoin (MB): Os usuários terão que vender seus tokens MATIC e comprar POL, que já está disponível na plataforma. 
  • Foxbit: A exchange vai realizar a conversão automática de MATIC para POL e já divulgou um cronograma de migração. O processo de migração começará em 04 de setembro, com previsão de retomada das negociações com POL em 16 de setembro. 
  • Nubank: O banco digital informou que está tomando medidas para minimizar os impactos da migração, mas ainda não esclareceu detalhes específicos sobre o processo em sua plataforma. 

Criptomoedas

Telegram revela US$ 400 milhões em criptoativos enquanto fundador enfrenta acusações na França

Apesar da prisão de Pavel Durov, o Telegram divulga seu montante em criptoativos e revela que 40% da receita anual vem de criptomoedas

sexta, 30 de agosto, 2024 - 17:50

Redação MyCryptoChannel

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Em momento conturbado para o aplicativo de mensagens Telegram, com a prisão do fundador Pavel Durov, a plataforma revelou o montante em criptoativos. Segundo um relatório do Financial Times, o Telegram possui US$ 400 milhões em ativos digitais e cerca de 40% de sua receita anual vem de atividades relacionadas a criptomoedas. 

A maior parte dessa receita vem de duas fontes principais: a "carteira integrada", que permite aos usuários comprarem, vender e armazenar criptomoedas diretamente dentro do app, e a venda de itens colecionáveis, como nomes de usuário exclusivos e números de telefone virtuais. Essa última atividade gera uma receita para o Telegram, que cobra uma taxa por cada transação. 

“A receita relacionada é reconhecida em um ponto no tempo quando o item colecionável é atribuído ao usuário. O Grupo também permite a venda de itens colecionáveis entre usuários e recebe a taxa para facilitar a venda", afirmou o relatório sobre a venda de itens colecionáveis. 

O relatório também revela que o Telegram vendeu uma grande quantidade de Toncoin, a criptomoeda nativa do blockchain TON, antes da queda no preço. Atualmente o token é negociado em US$ 5,34 com queda de 21% na semana, segundo o CoinMarketCap.  

Com base nessas informações, o Financial Times estima que o Telegram vale pelo menos US$ 30 bilhões. No entanto, o sucesso da plataforma ainda enfrenta problemas. O fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, enfrenta acusações na França por supostamente facilitar atividades ilícitas através da plataforma.