O Banco Central (BC) anunciou a recuperação de R$ 1,1 bilhão para vítimas de fraudes e falhas no sistema Pix desde a implementação do Mecanismo Especial de Devolução (MED) em novembro de 2021.  

Desse valor, R$ 952,3 milhões foram devolvidos a usuários que sofreram fraudes, enquanto R$ 167,6 milhões foram ressarcidos por transações não concluídas corretamente devido a falhas operacionais. 

O MED oferece aos usuários do Pix a possibilidade de solicitar a devolução de valores em casos de fraudes ou erros operacionais. As solicitações devem ser feitas até 80 dias após a transação, diretamente com a instituição financeira do usuário.  

Desde o início de 2024, o MED recebeu três milhões de denúncias, das quais 68% foram consideradas válidas e resultaram na devolução dos valores. Entretanto, entre janeiro de 2022 e julho de 2024, apenas 9,2% das solicitações foram aprovadas, com um montante devolvido de R$ 1,1 bilhão sobre um total solicitado de R$ 11,1 bilhões. 

O processo inclui o bloqueio dos recursos na conta do recebedor e uma análise do caso em até sete dias. Se for confirmada a fraude, o valor é devolvido à conta de origem em até 96 horas. Para falhas operacionais, como transações duplicadas, a devolução ocorre em até 24 horas. 

O Banco Central está desenvolvendo uma atualização para o MED, com lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2026. A nova versão da ferramenta permitirá o rastreamento e bloqueio de transferências até cinco transações após a saída dos recursos da conta de origem.  

Além disso, o BC anunciou novas regras para a utilização do Pix com o objetivo de combater fraudes no início de setembro.  

A partir de agora, há um limite diário de R$ 200 para transações realizadas por celulares ou computadores não previamente cadastrados na instituição financeira do usuário. Em caso de mudança de aparelho, o limite será de R$ 1 mil por transação para dispositivos recém-cadastrados.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo teve uma reviravolta. O influenciador Pablo Marçal (PRTB) atingiu 24,4% das intenções de voto, ultrapassando pela primeira vez o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que agora aparece com 20,1%, de acordo com a pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira (11). 

O novo cenário coloca Marçal em um empate técnico com o líder das pesquisas, Guilherme Boulos (PSOL), que mantém 28% das preferências do eleitorado. 

Marçal cresceu desde a última rodada de pesquisas, realizada em 20 de agosto. Naquela ocasião, ele tinha 16% das intenções de voto e, agora, conseguiu um crescimento de 8,4 pontos percentuais. 

O prefeito Ricardo Nunes, por outro lado, apresentou uma queda de 1,9 pontos, passando de 22% para os atuais 20,1%. Já Guilherme Boulos oscilou negativamente em 1 ponto, caindo de 29% para 28%.  

Além dos três principais candidatos, o levantamento também trouxe dados sobre o desempenho de outros nomes na disputa.  

A deputada federal Tabata Amaral (PSB) registrou 10,7% das intenções de voto, uma queda em relação aos 12% que possuía na pesquisa anterior. O jornalista José Luiz Datena (PSC) caiu de 10% para 7,2%, enquanto Marina Helena (Novo), que vinha com 4,3%, cresceu para 4,7%. 

Já os candidatos Ricardo Senese (UP) e João Pimenta (PCO) registram números menores, com Senese aparecendo com 0,7% e Pimenta permanecendo sem pontuação. Brancos e nulos somam 2,5%, enquanto 1,7% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. 

A pesquisa, realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, incluiu 2.200 entrevistados e foi conduzida por meio de recrutamento digital aleatório, com questionários aplicados via internet.  

O nível de confiança é de 95%, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-01125/2024. 

Cenários para o segundo turno 

O levantamento também explorou possíveis cenários de segundo turno, apresentando resultados que indicam disputas acirradas entre os principais candidatos.  

Num eventual confronto entre Guilherme Boulos e Pablo Marçal, o cenário seria de empate técnico. Boulos teria 44,1% das intenções de voto, enquanto Marçal ficaria com 43,2%, uma diferença mínima e dentro da margem de erro.  

Na pesquisa anterior, realizada em agosto, Boulos aparecia com 38%, e Marçal com 35%, mostrando o crescimento do ex-coach ao longo das últimas semanas. Nesse cenário, 12% dos eleitores declararam que votariam em branco ou anulariam o voto, enquanto 0,7% se mostraram indecisos. 

Entretanto, em um cenário de segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o prefeito conseguiria reverter a situação e vencer o candidato do PSOL. De acordo com a pesquisa, Nunes teria 45,7% das intenções de voto, enquanto Boulos ficaria com 38,5%.  

Nunes teve um crescimento de 4,7 pontos percentuais desde a última pesquisa. Brancos e nulos somam 13,6%, e os indecisos, 2,2%. 

Já contra Pablo Marçal, Ricardo Nunes ampliaria sua vantagem, vencendo por uma diferença maior. Nunes obteria 48,2% dos votos, enquanto Marçal ficaria com 29,2%, uma diferença de 19 pontos percentuais, a maior entre todos os cenários analisados.  

Nesse confronto, 21,7% dos eleitores disseram que votariam em branco ou nulo, e 1% afirmou não saber em quem votaria. Este é o único cenário que não possui uma série histórica comparativa, pois não foi pesquisado anteriormente. 

Outro cenário é o que coloca Tabata Amaral em um confronto direto com Pablo Marçal no segundo turno. A deputada do PSB venceria o ex-coach com 49,8% dos votos, contra 43,4% de Marçal.  

No entanto, se Tabata enfrentar Ricardo Nunes, a disputa seria bastante acirrada, com um empate técnico: 42% para Tabata e 40,4% para o prefeito. 

Já contra Boulos, Tabata também se encontra em uma situação de empate técnico, com ambos aparecendo com 33,8% das intenções de voto. Nesse cenário, os votos brancos e nulos são 30,3%.