Na segunda-feira, 26 de agosto, Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, divulgou um vídeo de campanha que utiliza deepfake para atacar seu rival, Guilherme Boulos (PSOL-SP).
O vídeo publicado nas redes sociais de Marçal violou duas diretrizes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o uso de inteligência artificial (IA) em campanhas eleitorais para as eleições municipais de 2024. O TSE proíbe o uso de deepfakes e exige que todo material gerado por IA seja claramente rotulado como tal
O vídeo, que mostra o rosto de Marçal sendo usado como máscara sobre uma pessoa desconhecida assoprando um pó branco, foi considerado uma violação das normas eleitorais.
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A peça, com a legenda "POV: Marçal fazendo Bolos", faz parte de uma campanha de difamação contra Boulos e está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeitas de crime eleitoral.
O uso de deepfakes e outros conteúdos sintéticos pode resultar na cassação do registro de candidatura e perda do mandato, caso o candidato seja eleito. Além disso, a divulgação de informações falsas que influenciem o eleitorado pode levar a penas de detenção de dois meses a um ano.
A legislação exige que todo conteúdo sintético em campanhas seja acompanhado por um aviso de que foi gerado por IA. Caso contrário, as plataformas e a Justiça devem remover esses conteúdos.