Existem 25 milhões de meme coins no blockchain do Bitcoin, segundo o site brc-20.io. Juntas, elas hoje têm um valor de mercado de aproximadamente US$ 475 milhões, uma queda de mais de 50% em relação ao início de maio, quando valiam US$ 1 bilhão.
Mas será que é seguro investir neste tipo de criptoativo? De acordo com Denise Cinelli, Country Manager da CryptoMarket, um dos maiores marketplaces de criptomoedas da América Latina, a resposta é não porque são moedas especulativas.
“As meme coins são criptomoedas que não tem nenhum projeto por trás, são sem funcionalidade e um exemplo delas é a Dogecoin, que foi apadrinhada pelo Elon Musk, e acabou ganhando uma seriedade, uma chancela de credibilidade, porque o empresário afirmou que irá utilizá-la em seus projetos. E ela cresce com essa especulação”, explica a executiva.
“Apesar de agora possuir uma certa credibilidade no mercado, no início realmente não tinha nenhum respaldo e esse tipo de criptomoeda prejudica a credibilidade do mercado. Servem para investimento de curto prazo, para aproveitar os movimentos do mercado que variam de acordo as especulações que giram em torno dela, mas não é um ativo em que deixaria nem mesmo 1% do meu capital investido”, completa Denise.
A executiva do CryptoMarket aponta que ao adquirir este tipo de criptomoeda o investidor fica vulnerável, pois elas têm uma volatilidade extrema, com altas impulsionadas por pump, que são grupos organizados para inflar artificialmente os preços das meme coins, induzindo outros investidores a comprar com base em informações enganosas.
“Isso leva a uma rápida valorização, como aconteceu com a Pepecoin recentemente, e posterior queda de preços, deixando os investidores em desvantagem. Uma medida que tomamos internamente, para proteger nossos clientes, é disponibilizar o resumo do projeto de cada criptomoeda para evitar uma criptomoeda duvidosa, e não investir em projetos duvidosos”, aponta a Country Manager da CryptoMarket.