Um novo estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS) alerta para o risco de fragmentação e domínio de grandes empresas no metaverso, caso não sejam implementadas tecnologias de pagamento interoperáveis e reguladas.
O estudo analisa os diferentes modelos de pagamento que podem ser utilizados nesse novo ambiente virtual imersivo. O BIS reconhece o potencial do metaverso para revolucionar a economia global, mas adverte que, sem uma regulamentação adequada, os benefícios podem ser direcionados a um pequeno grupo de empresas.
O estudo divide o metaverso em duas categorias: centralizado e descentralizado. As plataformas centralizadas são aquelas que as propriedades de empresas que controlam o funcionamento dos pagamentos e o sistema de pagamento centralizado e controlado pela operadora. Além disso, o token nativo pode ser manipulado como os casos das moedas Robux e dólar Linden dos jogos Roblox e Second Life.
Já as plataformas descentralizadas são aquelas que dependem de exchanges de criptomoedas para conexão com a economia real, mas outros métodos de pagamento como depósitos tokenizados e moedas digitais de banco central (CBDCs) podem facilitar nos pagamentos. Porém, para o BIS, "estes sistemas podem proporcionar apenas uma ilusão de descentralização."
O estudo destaca que os usuários do metaverso priorizam a usabilidade por causa da governança. Segundo o BIS, o metaverso pode modificar toda a economia e tornar o preço de serviços desterritorializados.
“Para evitar que os ambientes virtuais e o dinheiro se tornem fragmentados e dominados por empresas privadas poderosas, as autoridades devem reforçar as iniciativas para promover pagamentos mais eficientes e interoperáveis que possam satisfazer as exigências dos usuários.”