Relatório revela que criminosos cibernéticos diversificam operações com criptomoedas além do Bitcoin

Embora preços dos ativos tenham recuado nos últimos dois anos, ganhos dos golpistas e hackers não diminuíram

Um relatório divulgado nesta quarta-feira (28) pela TRM Labs, uma empresa de análise de blockchain, apontou que os criminosos do mundo digital estão diversificando suas operações, deixando de focar apenas no Bitcoin (BTC).

Embora os preços das criptomoedas tenham apresentado queda nos últimos dois anos, os ganhos dos golpistas e hackers não diminuíram, revelou o Elicit Crypto Ecosystem Report.

Segundo o relatório, os esquemas de Ponzi com criptomoedas foram responsáveis por extrair pelo menos US$ 7,8 bilhões das vítimas em 2022. No total, mais de US$ 9 bilhões em criptos foram enviados para endereços associados a diversas fraudes e golpes. A moeda USDT, baseada no blockchain Tron, tem sido amplamente utilizada nesses golpes.

Além disso, várias explorações de DeFi renderam aos invasores impressionantes US$ 3,7 bilhões, incluindo o roubo de US$ 2 bilhões em pontes entre cadeias. O relatório também revelou que cerca de US$ 1,5 bilhão foi destinado a mercados da darknet que comercializam drogas ilegais.

Para dificultar o rastreamento de fundos, os criminosos estão recorrendo cada vez mais a uma técnica chamada "salto em cadeia", movendo o dinheiro de um blockchain para outro. Isso torna mais complexa a tarefa de rastrear a origem dos fundos. Como resultado, a participação do Bitcoin em tais crimes diminuiu de 97% em 2016 para 19% em 2022, conforme destacou o relatório da TRM.