Doações de criptomoedas para grupos militares russos alcançam US$ 20 mi durante invasão da Ucrânia

Segundo Elliptic, quase dois terços desses fundos pró-Rússia estão ligados a entidades sancionadas pelos Estados Unidos

Um relatório divulgado esta semana pela empresa de análise de blockchain Elliptic revelou que as doações de criptomoedas direcionadas a grupos de arrecadação de fundos militares russos desde o início da invasão da Ucrânia já atingiram a marca de US$ 20 milhões.

Segundo a Elliptic, quase dois terços desses fundos pró-Rússia estão ligados a entidades sancionadas pelos Estados Unidos. Enquanto isso, a campanha de doação altamente divulgada pela Ucrânia conseguiu arrecadar pelo menos US$ 212 milhões.

Entre as entidades envolvidas nos trilhos de pagamento em criptosestão o grupo de mercenários PMC Wagner, pertencente à Força-Tarefa Rusich, sancionada pelos Estados Unidos. Além disso, a Elliptic descobriu que altos funcionários da chamada República Popular de Donetsk têm recompensado desertores e fornecedores de informações sobre posições militares ucranianas com bitcoin.

Essas revelações lançam luz sobre o uso das criptomoedas como uma forma de financiamento em conflitos militares e levantam questões sobre a transparência e a regulação desse setor. Por meio da análise do blockchain, a Elliptic foi capaz de rastrear e identificar as transações envolvidas nesse tipo de atividade, destacando a importância de tecnologias de análise de dados para combater o financiamento ilícito.

À medida que o uso de criptomoedas continua a se expandir globalmente, é fundamental haver regulamentações adequadas para evitar abusos e garantir a segurança e a integridade do sistema financeiro.

A identificação dessas transações ilegais e a colaboração entre empresas de análise de blockchain e autoridades reguladoras são passos cruciais para combater o uso indevido das criptomoedas em contextos de conflitos militares.