Instituições financeiras de Wall Street querem adotar blockchain em negociações

Projeto pode facilitar transações e ainda fornecer segurança

Grandes instituições financeiras de Wall Street, incluindo JP Morgan e Citi, estão demonstrando interesse em explorar além das criptomoedas e focar também em blockchains, para realizar a tokenização de ativos. Segundo uma reportagem publicada na CNBC, na quarta-feira (26), esse processo pode enfrentar obstáculos regulatórios nos Estados Unidos. 

Atualmente, o processo de transferência de propriedade de um ativo em Wall Street é demorado, envolvendo intermediários, as corretoras, e um período de dois dias úteis para liquidação. Dessa forma, os bancos acreditam que a adoção da tokenização pode eliminar esses intermediários e permitir transações quase instantâneas.

A tokenização é um processo em que um ativo físico é representado digitalmente por um token criptografado, tudo dentro da blockchain. Essa tecnologia possibilita que qualquer recurso com valor econômico seja negociado facilmente e com segurança em qualquer parte do mundo. O professor associado da Universidade de Georgetown, James Angel, disse que “Um certificado de ações tradicional nada mais é do que um token que representa a propriedade das chaves de uma empresa”. 

De acordo com analistas da Bernstein, em nota publicada em junho, a tokenização de ativos pode proporcionar liquidações mais rápidas e com custos mais baixos para as partes envolvidas. Assim, nos próximos cinco anos, cerca de US$ 5 trilhões em ativos podem ser tokenizados por meio da blockchain.

Entretanto, o projeto pode enfrentar desafios regulatórios especialmente devido à postura da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em relação às empresas de criptomoedas.