CPI das Pirâmides Financeiras

Justiça nega pedido de Tatá Werneck para proibir uso de sua imagem em propaganda da Atlas Quantum

Atriz fez propaganda com Cauã Reymond para empresa em 2018

11 AGO 2023 • POR Redação MyCryptoChannel • 14h39
Divulgação: Atlas Quantum

A Justiça do Rio de Janeiro negou um pedido da atriz Tatá Werneck para proibir o uso de sua imagem em propagandas da Atlas Quantum. Essa decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Marinho, do 1º Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca. A CPI das Pirâmides Financeiras do convocou a atriz, o ator Cauã Reymond e o apresentador Marcelo Tas para depor sobre a relação que eles mantiveram com a Atlas Quantum.

A Atlas Quantum, empresa que faliu em 2019, usou do esquema de pirâmide e deixou milhares de clientes sem receber. Tatá Werneck e os outros artistas haviam conduzido propaganda da empresa quando ela ainda era considerada séria. A CPI quer ouvir os três depoimentos para entender como a Atlas Quantum enganou tantas pessoas e também quer saber se os três artistas sabiam que a empresa era uma pirâmide financeira. 

Em 2018, Cauã e Tatá participaram de um programa da Atlas em um jogo de perguntas e respostas sobre o mundo cripto. Na segunda etapa da campanha, os atores “distribuíram” R$ 1,5 milhão em Bitcoin (BTC) para os telespectadores. 

A Atlas Quantum oferecia aos seus clientes a oportunidade de investir em BTC e prometia aos clientes um lucro de até 20% por mês. Entretanto, a empresa não possuía a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no Brasil. Em 2019, a CVM alertou os investidores sobre os riscos de investir na Atlas Quantum. 

A comissão afirmou que a empresa era uma pirâmide financeira e os clientes poderiam perder todo o seu dinheiro. Após o alerta da CVM, a Atlas Quantum teve uma corrida de saques. Os clientes da empresa começaram a retirar seu dinheiro, mas a empresa não tinha dinheiro para pagar.