Bitcoin e títulos de inflação dos EUA apresentam pior correlação negativa em 4 meses

Fenômeno rompe dinâmica vista em julho, quando correlação negativa anterior foi quebrada

Nos quatro últimos meses, o Bitcoin (BTC) e os rendimentos dos títulos ajustados pela inflação dos EUA seguem caminhos distintos. De acordo com dados da plataforma de gráficos TradingView, a correlação negativa entre esses dois ativos atingiu seu ponto mais forte em quatro meses, evidenciando uma mudança significativa na interação entre os setores.

O coeficiente de correlação de 30 dias, que mede a relação entre o desempenho do Bitcoin e o título indexado à inflação dos EUA de dez anos, registrou uma queda acentuada este mês. Indo de +0,28 para -0,72, esse nível é o mais baixo desde abril. Vale ressaltar que uma leitura de +1 indica uma movimentação sincronizada entre os ativos, enquanto -1 aponta para movimentos opostos.

A observação desta tendência de correlação negativa sugere que fatores mais tradicionais e macroeconômicos estão influenciando cada vez mais o preço do Bitcoin. Esse fenômeno rompe com a dinâmica vista em julho, quando a correlação negativa anterior foi quebrada, coincidindo com otimismo em relação à possível aprovação de um ETF de BTC.

A mudança recente na correlação entre o Bitcoin e os títulos de inflação dos EUA destaca a crescente interconexão entre os mercados cripto e tradicional. Enquanto os investidores continuam a monitorar os desenvolvimentos macroeconômicos e os movimentos nos mercados de títulos, também estão atentos às implicações que essas tendências podem ter sobre o mercado de criptomoedas e vice-versa.