Criptomoedas

Banco Central estuda formas de aplicar segregação patrimonial no mercado de criptomoedas

Diretor de Regulação do BC comentou sobre regras do setor na CPI das Pirâmides Financeiras

31 AGO 2023 • POR Ana Beatriz Rodrigues • 19h50
Divulgação: Banco Central

O Banco Central (BC) estuda formas de aplicar segregação patrimonial no mercado de criptomoedas, mesmo que a regra não esteja incluída na lei cripto já sancionada no Brasil. Em sessão da CPI das Pirâmides Financeiras na tarde desta quinta-feira (31), o diretor de regulação do BC, Otávio Ribeiro Damaso, afirmou que a entidade vê com bons olhos e que, se o Congresso quiser retomar essa discussão, o BC terá interesse em contribuir.


A segregação patrimonial é uma medida que obriga as empresas a manter os ativos dos clientes em contas separadas dos seus próprios ativos. Isso serve para proteger os investidores em caso de falência ou insolvência da empresa. Damaso afirmou que o BC procura um jeito de atender essa demanda, apesar dela não estar na lei cripto brasileira. 

 


“A blindagem total seria muito bem-vinda na legislação. A gente está estudando como podemos fazer, naturalmente sem a qualidade que haveria se estivesse no arcabouço legal, mas como a gente pode trabalhar algum tipo de segregação para evitar que o recurso da entidade se misture com o recurso do investidor”, falou Damaso.

 


Segundo o diretor do BC, essas regras para o setor só ficará pronta no final do primeiro semestre de 2024 e deverá afetar 50 empresas. Damasco ainda destacou que o problema pode continuar mesmo com a regulamentação. “Por mais que coloquemos a regulamentação aqui, dado o contexto de acesso via internet, isso sempre vai poder continuar existindo. A entidade que está fora do país não é afetada pelo alcance do regulador”, completou.