Going Infinite: biografia revela desafios de Sam Bankman-Fried quando começou a investir em criptos

Autor Michael Lewis revela percalços iniciais na trajetória de investimentos de Bankman-Fried em livro

A trajetória de Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, exchange que declarou em falência em novembro do ano passado, teve um começo desafiador, com milhões de dólares da primeira parcela de fundos arrecadados quase perdidos. Segundo o autor Michael Lewis em sua biografia "Going Infinite", a empresa comercial Alameda Research, fundada por Bankman-Fried em 2017, enfrentou sérias dificuldades iniciais.

Bankman-Fried conseguiu angariar quase 170 milhões de dólares, principalmente de investidores ligados à comunidade do "Altruísmo Eficaz". Essa comunidade é composta por indivíduos dedicados a encontrar as formas mais eficazes de servir a comunidade, seja por meio de doações ou financiamento de causas.

Na época, Bankman-Fried, com 26 anos na ocasião, tinha a intenção de investir esses fundos nos mercados de criptomoedas em expansão, aproveitando as diferenças de preços entre os mercados e implementando estratégias de negociação de alta frequência (HFT) para garantir ganhos a cada poucos segundos.

No entanto, essa abordagem inicial se mostrou desafiadora, resultando em perdas significativas para a Alameda Research desde os primeiros meses. Durante um desses períodos, a empresa perdeu mais de US$ 500 mil todos os dias, e alguns fundos de negociação "simplesmente desapareceram" devido a uma gestão insatisfatória.

Outro projeto, o Modelbot, programado para negociar quase 500 tokens em cerca de trinta exchanges, também enfrentou dificuldades iniciais. Falhou em distinguir entre criptomoedas altamente líquidas, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), e as menos negociadas, gerando preocupações entre os primeiros funcionários da Alameda sobre o possível desaparecimento dos fundos arrecadados.