Tesouro dos EUA planeja sanções contra misturadores de criptomoedas usados por grupos terroristas

Medida visa combater financiamento de organizações como Hamas e prevenir lavagem de dinheiro

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos tomou medidas decisivas para combater o uso de criptomoedas por grupos terroristas, como o Hamas. Essa ação surge em resposta a preocupações sobre o financiamento de atividades terroristas por meio de ativos digitais. 

Departamento do Tesouro dos EUA anuncia medidas contra misturadores de criptomoedas

De acordo com informações do respeitado The Wall Street Journal, o Departamento do Tesouro dos EUA planeja designar misturadores de criptomoedas internacionais como centros de lavagem de dinheiro. A base para essa medida é o uso desses ativos por grupos terroristas, com destaque para o Hamas.

Sanções como medida de combate ao financiamento terrorista

Essa designação representa uma forma de sanção e terá implicações significativas. As sanções visam dificultar o uso de criptomoedas por grupos como o Hamas e, ao mesmo tempo, prevenir a lavagem de dinheiro. Como parte desse processo, serão exigidos relatórios específicos para todas as transações financeiras envolvendo esses misturadores.

Criptomoedas utilizada no financiamento do Hamas

A ação do Departamento do Tesouro vem em resposta a relatos anteriores do Wall Street Journal. O jornal revelou que o Hamas, com outros grupos militantes, utiliza criptomoedas como ferramenta de financiamento. Esse uso ocorreu antes dos ataques em Israel no início deste mês.

Preocupações bipartidárias no Governo dos EUA

A designação dos misturadores de criptomoedas como centros de lavagem de dinheiro despertou preocupações em todo o espectro político dos Estados Unidos.

A senadora Elizabeth Warren, democrata de Massachusetts, juntamente com mais de uma centena de outros legisladores, incluindo democratas e republicanos, expressaram sua inquietação quanto à forma como o Hamas arrecadou milhões de dólares por meio de ativos digitais. Eles formalizaram suas preocupações em uma carta enviada ao governo Biden na última terça-feira (17).