Cofundador da Ethereum (ETH) enfrenta ação judicial após suposta movimentação de ativos da Consensys

Ex-funcionários da empresa alegam que ativos foram transferidos, deixando-os com ações sem valor; JPMorgan também está envolvido no caso

Joseph Lubin, cofundador da Ethereum (ETH), se vê no centro de uma ação judicial movida por mais de duas dúzias de ex-funcionários da Consensys. A acusação alega que Lubin, juntamente com a empresa e outras partes, teria manobrado ativos de sua holding na suíça, resultando na desvalorização das ações detidas pelos demandantes.

A queixa foi apresentada perante o tribunal do estado de Nova York na última quinta-feira (19) e levanta sérias preocupações sobre a suposta transferência dos ativos, incluindo a conhecida carteira web3 MetaMask, que foi parcialmente desenvolvida por alguns dos demandantes. A ação afirma que esses ativos foram transferidos da Consensys AG, deixando os ex-funcionários com ações que, agora, aparentemente não têm valor.

Segundo a denúncia, Joseph Lubin teria orquestrado a transferência dos ativos para uma nova empresa sediada nos Estados Unidos, conhecida como CSI, no ano de 2020. A alegada motivação por trás dessa mudança teria sido a busca de investimento externo, facilitada pelo apoio do Conselheiro Geral da Consensys, Matt Corva. A ação alega que Lubin teria aproveitado essa oportunidade para substituir os demandantes por investidores de Wall Street.

O banco de investimentos JPMorgan também se encontra no epicentro dessa controvérsia. Segundo a denúncia, como resultado dessa transferência de ativos, o JPMorgan teria recebido 10% de participação na CSI, em troca de seu próprio negócio de blockchain, o Quorum. Além de Lubin, Corva e JPMorgan, Umar Farooq, chefe global de Blockchain do JPMorgan, também estão listados como réus nesse processo.