Promotor acusa Sam Bankman-Fried de perjúrio no depoimento em julgamento criminal

Nicolas Roos relembra que ex-CEO da FTX falou 104 vezes durante interrogatório que não se lembrava dos acontecimentos

Os promotores do julgamento criminal de Sam Bankman-Fried apresentaram seus argumentos finais ao júri nessa quarta-feira (1º) em Manhattan, acusando o CEO da FTX de roubo e fraude.

Em um argumento de duas horas e meia, o promotor Nicolas Roos disse ao júri que Bankman-Fried desviou milhões de dólares de clientes e investidores. Ao questionar aos jurados "Para onde foi o dinheiro? O que aconteceu? Quem foi o responsável?”, Roos apontou o executivo como culpado. 

O promotor disse que Bankman-Fried sabia que a Alameda tinha regras de liquidação distintas de outros clientes da exchange, mas ignorou essas regras Isso levou a uma série de perdas catastróficas para a FTX, que foram transferidas para os investidores.

Roos também acusou Bankman-Fried de perjúrio no depoimento. Ele relembrou as 104 vezes em que Bankman-Fried disse a frase "não me lembro". A equipe de defesa terá 30 minutos para sua apresentação.

O caso pode ir ao juri na quinta-feira (2) e o juiz responsável pelo caso, Lewis Kaplan, pediu ao júri que o informasse se houvesse algum membro que não pudesse ficar até tarde na noite desse dia.