Regulamentações

FASB publica padrões que devem melhorar a transparência sobre ativos criptos

Novas regras entram em vigor em 2024 e permitirão que as empresas usem a contabilização do valor justo para determinadas criptomoedas

13 DEZ 2023 • POR Redação MyCryptoChannel • 14h04
Crédito: Freepik

O Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB), o órgão regulador dos EUA responsável pelas práticas contábeis gerais, publicou nesta quarta-feira (13) padrões que melhorarão a divulgação de certos ativos cripto.

 

 

As novas regras de contabilidade permitem que as empresas registrem as criptomoedas mantidas em seus balanços pelo seu valor justo. Anteriormente, as empresas eram obrigadas a registrar essas criptomoedas pelo seu custo original, e então registrar perdas quando o valor justo caísse abaixo do custo original.

 

 

“O novo padrão responde ao feedback de partes interessadas de todas as origens que indicaram que melhorar a contabilização e divulgação de ativos criptográficos deveria ser uma prioridade máxima para o Conselho”, disse o presidente do FASB, Richard R. Jones, em um comunicado.

 

 

“Isso fornecerá aos investidores e outros alocadores de capital informações mais relevantes que reflitam melhor a economia subjacente de certos ativos criptográficos e a posição financeira de uma entidade, ao mesmo tempo que reduz o custo e a complexidade associados à aplicação da contabilidade atual”, acrescentou.

 

 

A regulamentação têm implicações significativas para as empresas que possuem esses ativos. A partir de 15 de dezembro de 2024, essas empresas terão que avaliar o valor justo de suas participações em criptomoedas em cada data de balanço.

 

 

A MicroStrategy já tinha afirmado que apoiaria a proposta em maio. “Relatar as participações em criptoativos sob um modelo de valor justo, conforme proposto pelo FASB, nos permitiria fornecer aos investidores uma visão mais relevante de nossa posição financeira e do valor econômico de nossas participações em bitcoin, o que, por sua vez, facilitaria a capacidade dos investidores para tomar decisões informadas de investimento e alocação de capital", disse a empresa na época.