Cibercrimes

PF deflagra operações contra crimes financeiros com criptomoedas e NFTs

Operação Brianski e Operação Fast buscam responsabilizar brasileiros e russos acusados de esquemas criminosos com criptoativos

27 FEV 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 15h28
Crédito: Freepik

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (27) duas operações para combater crimes financeiros envolvendo criptomoedas: a Operação Brianski, que visa desarticular um esquema de lavagem de dinheiro com recursos oriundos da Rússia, e a Operação Fast, que combate uma pirâmide financeira com criptomoedas e NFTs. 

A Operação Brianski tem como foco um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 40 milhões. A PF cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Florianópolis (SC), Goiânia (GO) e Eusébio (CE), além de decretar medidas cautelares contra os principais investigados, como monitoramento eletrônico, proibição de deixar o país e transacionar criptomoedas. F também sequestrou bens dos investigados.  

As investigações revelaram que cidadãos russos fixaram residência em Florianópolis para usar de recursos oriundos de crimes supostamente praticados na Rússia. Os principais investigados foram condenados na Rússia por crimes como fraude e tentativa de roubo. 

Após se radicarem no Brasil, os suspeitos integraram quadros societários de empresas e adquiriram bens de alto padrão, utilizando pagamentos em espécie e empresas em Goiás para operacionalizar a lavagem de dinheiro. As transações financeiras eram realizadas por meio de criptomoedas, que eram recebidas em exchanges, convertidas em reais e transferidas para contas dos investigados, familiares e empresas. 

Já a Operação Fast tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava em projetos fraudulentos com criptomoedas e NFTs. A PF cumpriu dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão em Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), Curitiba (PR) e Londrina (PR). A investigação identificou aproximadamente 22 mil vítimas no Brasil e no exterior, com um prejuízo total de R$ 100 milhões. 

A organização criminosa, sediada em Balneário Camboriú, desenvolvia diversos projetos interligados. Os investidores adquiriam uma criptomoeda criada pelo grupo com suposto valor atrelado a parcerias com empresas, com a promessa de altos lucros. O lançamento da moeda foi realizado em uma feira de criptoativos em Dubai. 

Após o sucesso da pirâmide financeira com criptomoedas, a organização expandiu seus tentáculos para o mercado de franquias de mobilidade urbana. Os integrantes do grupo são acusados de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 28 anos de reclusão.