Criptomoedas

Worldcoin recebe ordem para interromper operações em Hong Kong por violação de privacidade

Comissário de Privacidade determina que coleta de imagens faciais e íris fere leis

22 MAI 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 15h54
Foto: KARSTEN MORAN / FORTUNE

O Escritório do Comissário de Privacidade de Dados Pessoais de Hong Kong (PCPD) determinou que as operações do projeto Worldcoin em Hong Kong violavam a Portaria de Dados Pessoais (Privacidade) (PDPO) após uma série de investigações.  

Em um aviso emitido nesta quarta-feira (22), a Comissária de Privacidade Ada Chung Lai-ling ordenou a Worldcoin a interromper imediatamente todas as operações que envolvam o escaneamento e a coleta de imagens faciais e de íris da população. 

A investigação do PCPD, iniciada em janeiro de 2024, focou nos métodos de verificação de identidade da Worldcoin, buscando determinar se eles representavam riscos à privacidade dos dados pessoais e violavam os requisitos da PDPO.  

Ao longo do processo, o PCPD realizou 10 visitas secretas a seis locais envolvidos na operação do projeto entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Além disso, foram realizadas duas rodadas de inquéritos e a investigação está agora concluída. 

As investigações revelaram que a coleta de imagens faciais era desnecessária para verificar a identidade dos participantes, pois os operadores dos dispositivos de digitalização de íris já realizavam essa verificação pessoalmente nos locais de operação.  

“Durante ou antes da recolha de dados pessoais, os participantes não foram claramente informados das informações especificadas no PDPO, incluindo a(s) finalidade(s) da recolha, se era obrigatório ou voluntário para eles fornecerem os seus dados pessoais. dados, as classes de possíveis cessionários e o direito e os meios para solicitar o acesso e a correção dos seus dados pessoais”, argumentou o PCPD.  

Além disso, o PCPD constatou que o aviso de privacidade da Worldcoin não estava disponível em chinês, impedindo que participantes que não falavam inglês compreendessem as práticas, termos e condições do projeto. “Também não informaram os participantes sobre os possíveis riscos associados à divulgação de dados biométricos, nem responderam às suas perguntas”, completou o órgão.