Criptomoedas

Ronaldinho Gaúcho volta ao campo das criptomoedas e gera controvérsia

Ex-jogador acumula série de fracassos e polêmicas envolvendo pirâmides financeiras

25 JUN 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 14h19
Foto: Luis Bagu/ Getty Images

Na tarde do último domingo (23), Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador de futebol, voltou a movimentar o mercado de criptomoedas com uma postagem em sua conta no X, antigo Twitter: “É hora da cripto ir ao mainstream, quem está comigo?”.  

Conhecido tanto por seu histórico no esporte quanto por sua participação em projetos de investimento, Ronaldinho acumula uma série de promoções que acabaram em fracassos ou foram classificadas como pirâmides financeiras. 

Pelo menos nos últimos cinco anos, o ex-jogador já se envolveu em mais de seis projetos que não obtiveram sucesso. Em 2018, ele anunciou sua própria criptomoeda, a Ronaldinho Soccer Coin (RSC), que nunca foi lançada oficialmente.  

Desde então, o ex-jogador se envolveu em diversas polêmicas, promovendo negócios que posteriormente foram identificados como golpes, como LBLV, Airbit Club e 18K Ronaldinho.  

Porém, esse post do bruxo, apelido que recebeu no futebol, levou a analistas se pronunciarem sobre o assunto. Respondendo a postagem de Ronaldinho, ZachXBT, um conhecido "detetive" do mercado de criptomoedas no X, questionou o ex-jogador. 

 “Isso é uma tradução de que você está falido de novo? Caso você tenha esquecido, aqui estão todos os projetos de criptomoedas que você bombeou e abandonou ao longo dos anos”, afirmou ZachXBT que mencionou vários esquemas promovidos pelo ex-jogador, incluindo a LBLV, que deixou muitas vítimas no Brasil com sua plataforma de forex. 

No ano passado, a 18K Ronaldinho foi uma das 13 empresas indicadas no relatório final da CPI das Criptomoedas. Durante o auge das denúncias, a empresa prometia um retorno financeiro de 400% em um ano, com rendimentos diários de 2%, atraindo investidores com a imagem de Ronaldinho.  

Os supostos rendimentos viriam de operações de arbitragem com criptomoedas e investimentos em bolsa de valores. No entanto, para não ser classificada como pirâmide, a 18K utilizava relógios da 18k Watches como produto. Em depoimento à CPI, Ronaldinho declarou: “Nunca foi autorizado que a 18k Ronaldinho utilizasse meu nome e minha imagem ou apelido na razão social da empresa. Fui vítima” 

Em fevereiro de 2024, em um processo envolvendo a 18K Ronaldinho, a Justiça de São Paulo absolveu Ronaldinho. Além disso, os responsáveis pela empresa foram condenados a restituírem ao autor do processo os R$ 14,4 mil investidos e pagar uma indenização por danos morais de R$ 20 mil.