Cibercrimes

MP do Rio de Janeiro denuncia quatro pessoas envolvidas em pirâmide do "Príncipe do Bitcoin"

Operação desmantela esquema que causou prejuízos de mais de R$ 230 mil em Campos dos Goytacazes

23 JUL 2024 • POR Redação MyCryptoChannel • 18h00
Foto: Reprodução (Freepik)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), através do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO), denunciou quatro indivíduos por sua participação em uma pirâmide financeira conhecida como "Príncipe do Bitcoin".  

A acusação foi formalmente recebida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes em 11 de julho, conforme anunciado pelo MP na última sexta-feira (19).  

Os envolvidos, identificados como Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes, são acusados de lesar cinco moradores de Campos dos Goytacazes, na região Norte Fluminense.  

Isso foi possível através de um esquema de pirâmide financeira operado pela empresa A.C. Consultoria e Gerenciamento Eireli. As ações fraudulentas resultaram em um prejuízo total de R$ 234.600 para as vítimas. 

Este caso é um desdobramento da operação "Príncipe do Bitcoin", deflagrada pelo Gaeco em outubro do ano passado. Nessa epóca, um dos acusados, Gilson Ramos Vianna, foi preso uma semana após a captura do pastor evangélico Fabrício Vasconcelos Nogueira, outro alvo da operação.  

Vianna atuava como trader, investindo no mercado financeiro e atraindo clientes com promessas de altos retornos, enquanto exibia sinais de riqueza na região, o que lhe rendeu o apelido de "Príncipe do Bitcoin". A A.C. Consultoria atraía investidores com a promessa de retornos financeiros de 15% a 30% ao mês através de investimentos em criptomoedas.  

Os clientes tinham contas abertas em seu nome, e os investimentos eram realizados via contas “copy”, uma cópia de outras contas que permitia aos criminosos executarem transações de compra e venda de ativos. Inicialmente, os juros sobre os investimentos eram pagos, gerando confiança nos investidores. 

No entanto, após vários contratos serem firmados, a empresa emitiu uma nota oficial em 1º de dezembro de 2021, comunicando que todos os contratos seriam rescindidos e os valores seriam pagos em um prazo de 90 dias, promessa que não foi cumprida.